Estimados(as) professores(as), pesquisadores(as)/ investigadores(as)
da Pan-Amazônia, saudações.
Inicio pedindo desculpas pela demora no envio de
informações. Comprometo-me a corrigir esta falha quando dos próximos informes.
As articulações objetivando a construção do Encontro de Pesquisadores da Pan-Amazônia
(EPPA) seguem adiante. Agradecemos aos que já estão construindo esse
processo, e convidamos a todos os professores e pesquisadores/investigadores,
seja da academia, das organizações sociais ou das comunidades pan-amazônicas, a
somar-se a este processo de construção coletiva.
No dia 13 de setembro/2013 ocorreu um novo encontro, em
Macapá. Reuni-me, na condição de representante do Comitê de Articulação do Fórum
Social Pan-Amazônico (FSPA), com professores(as) da Universidade Federal do
Amapá (UNIFAP). Neste momento foi explicado, um pouco mais detalhadamente, como
funciona metodológica e politicamente o FSPA, evento inteiramente relacionado
ao Encontro de Pesquisadores da Pan-Amazônia (EPPA).
Uma das deliberações desta reunião foi a realização de outro
momento, com um número maior de professores(as)/pesquisadores( as), no dia 18 de
setembro/2013, na UNIFAP.
Como resultado desta nova reunião verificaram-se, entre
outros, várias reflexões, proposições e encaminhamentos. A seguir, partindo do
relato enviado pela professora Paula Bastone/UNIFAP, serão apresentados, de
forma resumida, alguns destes.
Considerando que a data do VII FSPA já está definida, de 28
a 31 de maio de 2014, e que o EPPA está diretamente vinculado ao VII FSPA,
avalia-se que os(as) professores(as)/pesquisadores( as) que já participam deste
fórum terão total interesse em participar também do EPPA. Desta forma, foi
apresentada a data de 26 e 27 de maio de
2014 para a realização do I EPPA.
Em relação as temáticas a serem discutidas no I EPPA, foram
apresentadas as seguintes, divididas em Grupos de Trabalho.
- Cultura e Identidade – o prof. Marcos Vinicius Freitas e a prof. Iris de
Moraes foram indicados para acompanhar a organização deste GT.
- Estado e cidadania – a prof. Camila Soares Lippi foi
indicada para acompanhar a organização deste GT.
- Comércio e desenvolvimento – a prof. Lourrene Maffra foi
indicada para acompanhar a organização deste GT.
-Relações internacionais e Amazônia – o prof. Paulo Gustavo
foi indicado para acompanhar a organização deste GT.
Foi também pensado o formato metodológico/programação do I
EPPA, sendo este apresentado da seguinte maneira:
- Dia 26.05.14 (manhã): Credenciamento, Mesa de abertura e Rodada
de Iniciação Científica.
- Dia 26.05.14 (tarde): Grupos de Trabalho e Rodadas de
Iniciação Científica.
- Dia 26.05.14 (noite): Sessões de curtas.
- Dia 27.05.14 (manhã): Grupos de Trabalho e Rodadas de
Iniciação Científica.
- Dia 27.05.14 (tarde): Mesa de encerramento com as
conclusões dos GTs.
- Dia 27.05.14 (noite): Apresentação cultural de Marabaixo.
Nesta reunião a professora Paula Bastone (UNIFAP) foi indicada
para acompanhar todo o processo de organização do evento.
Foi definido nesta reunião que haverá uma área reservada aos
escritores e editoras, onde livros, artigos e demais textos dos professores e
pesquisadores da Pan-Amazônia possam ser socializados entre os participantes.
A próxima reunião do coletivo de professores da UNIFAP será realizada
na primeira semana de novembro/2013.
Primeiramente, quero parabenizar a proposta das professoras
e professores da UNIFAP. Avalio que temos aqui belas contribuições para a construção
deste encontro, potencializando assim outras considerações e sugestões sobre os
eixos e mesas temáticas, além do formato metodológico do I EPPA, entre outras
questões.
É importante também observar que, partindo dos elementos
pensados pelo coletivo que reuniu na UNIFAP, é fundamental envolver cada vez
mais pessoas neste processo de construção coletiva Pan-Amazônica, com a
contribuição de professores/pesquisadores do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela,
Equador, Bolívia, Guiana (Francesa), Republica Cooperativa das Guianas e
Suriname, e de outros países do mundo.
Aproveitando a oportunidade, gostaria de apresentar, a
partir de um texto enviado pelo amigo peruano Roberto Espinoza, um importante
debate sobre “Descolonialidad del Poder y Horizontes de Sentido Alternativos en
la Amazonía”. Transcrevo abaixo uma parte do referido material.
“¿Por qué las luchas de resistencia en la Pan Amazonía
contra el neo desarrollismo y neo extractivismo son tan persistentes,
recurrentes, intensas; y al mismo tiempo, aunque generan simpatías no logran
una hegemonía en el resto de las sociedades nacionales, movimientos sociales ?
¿ Por qué, incluso varios activistas de los movimientos de resistencia pan
amazónicos, cuando asumen espacios de poder en los estados nacionales, terminan
volviéndose en contra de los movimientos que los catapultaron políticamente ? ¿
Por qué se percibe que existiendo el despliegue de potentes nuevos tipos de
movimientos sociales, sin embargo vienen acompañados de la continuidad por
inercia de viejas teorías y políticas populares ?
Existen muchos factores y procesos explicativos, pero
queremos destacar uno de ellos, referido al insuficiente debate y
profundización de los antiguos marcos téoricos tradicionales referidos al
“estado nación”, “Desarrollo”, “reforma y revolución”, “partido”, “izquierda”,
“socialismo”; así como también el insuficiente debate de los marcos teóricos
emergentes como son los de “descolonialidad del poder y saber”, “des-desarrollo”.
“desmercantilización de la vida”, “post extractivismo”, “estado y sociedad
plurinacionales”, “autodeterminación de los pueblos indígenas, Quilombolas,
Ribereños “, “euro centrismo”, “des-patriarcalización”.
Todo lo anterior se puede resumir que estamos en una fase de
construcción de nuevos horizontes de sentido alternativos a los de la hegemonía
capitalista, pero que aún no han madurado en su formulación ni tampoco en su
anclaje social. Es lo que se expresa en las formulaciones del “buen vivir, bien
vivir, vivir bien” en los movimientos andinos; “Vida Plena” en los amazónicos e
incluso los del “socialismo del siglo XXI” o los del “ecologismo libertario””
Penso que Roberto nos apresenta temas importantíssimos para
pensarmos e discutirmos no I Encontro de Pesquisadores da Pan-Amazônia. É fundamental verificar como inseri-los.
Em breve apresentarei, para avaliação de todos(as), uma
proposta incluindo eixos e mesas temáticas, que poderão (ou não) se somar as já
apresentadas pelos(as) professores(as) da UNIFAP, bem como proposição sobre o formato
metodológico do evento, também para se somar (ou não) a já indicada pelos
referidos professores(as).
É muito importante que todos os professores e pesquisadores/investigadores
façam também suas considerações e sugestões, consolidando o I EPPA como um processo
e evento totalmente Pan-Amazônico.
Um forte abraço a todos(as).
Seguimos em diálogo.
Fraternalmente,
Dion Monteiro
Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA)
Instituto Amazônia Solidária e Sustentável (IAMAS)
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