jueves, 17 de noviembre de 2011

VIII Marcha da Consciência Negra – 20 de novembro de 2011


By LICIOJUNIOR

Um Dia de Luta Contra o Genocídio da juventude negra e pelo fim dos autos de resistência

No ano de 2003 o Movimento Negro conquista a Marcha da Consciência Negra na cidade de São Paulo,que conta com a participação de praticamente todas as organizações negras,nacionais e locais e de todos os setores da sociedade dispostos a continuar lutando e fortalecendo o movimento por mudanças,por um Brasil sem racismo e livre das formas de preconceitos,seja ele:machismo,homofobia,intolerância religiosa,racismo ou qualquer forma de discriminação.

O Movimento Negro,ao longo de sua trajetória de luta,conseguiu pautar alguns avanços voltados à população negra como:aprovação do Estatuto da Igualdade Racial,o sistema de ingresso de estudantes negros em algumas universidades públicas estaduais e federais por meio de políticas afirmativas e da Lei 10.639/03, que institui no ensino básico a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos.

Mesmo diante dessas leis,o racismo tem atingido a população negra em todos os aspectos de nossas vidas, as desigualdades sociais e raciais são visíveis e as condições de vida no qual estamos inseridos ainda são muito precárias.

Desta forma,dando prosseguimento à luta negra no combate ao racismo,neste ano de 2011 iremos realizar mais uma edição da Marcha da Consciência Negra que trás em seu tema central o genocídio da juventude negra que é praticado cotidianamente pelo estado,estamos nos posicionando contra este genocídio e pedindo um fim.

Historicamente a juventude negra vem sofrendo as consequências de um Estado que exerce determinadas ações que se configuram em práticas genocidas. Entendemos o genocídio da juventude negra como um conjunto de violações intercaladas que resultem em crescente número de mortes por ação ou omissão do Estado como:violência policial,racismo institucional,encarceramento em massa,violência contra a mulher negra e jovem etc.

Tudo isso combinados com ausência de políticas sociais que mantêm esta população totalmente à margem dos bens culturais e materiais que possibilitem à manutenção de uma vida digna. Desta forma restando apenas o desemprego,as drogas,a prisão,a fome,enfim,a expressão da manutenção da miséria social.

A população negra no Estado de São Paulo

No dia 11 de Maio de 1984,pelo decreto-lei 22184,do então Governador André Franco Montoro,foi criado o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo,que inaugurou o reconhecimento oficial do Estado brasileiro,da existência do racismo em nosso país.

A partir daí,sucessivos governos praticamente nada tem realizado para inibir ou limitar as desigualdades sócio raciais no Estado de São Paulo.

Durante todos esses anos a qualidade de vida da população negra e pobre tem piorado. As politicas sociais desenvolvidas em outros Estados e pelo Governo Federal não encontram eco e não conseguimos visualizar nenhum programa para a promoção da igualdade racial sendo executado no Estado de São Paulo.

Diante disso,o Conselho da Comunidade Negra tornou-se uma estrutura simbólica,passando ao longo dos anos por um progressivo processo de esvaziamento político.

No atual governo do Estado de São Paulo,o de Geraldo Alckmin,foi criada em 2009 a Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena,no interior da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania,com a atribuição de defender os direitos da população negra,indígena e quilombolas,mas o que notamos é que a mesma não tem poder e recursos orçamentários,materiais e humanos para executar as tímidas propostas de seus dirigentes.

O governo,desta forma,não implementa nas suas diversas secretarias,as políticas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial,expressando o retrocesso e o conservadorismo que emanam dessas elites que há muitos anos nos governam e tentam manter a qualquer custo seus privilégios.

Temos como exemplo disso,a Universidade de São Paulo,USP,que insiste em não aderir às políticas de cotas,os ataques contra o decreto 4487 que regula a Titulação dos Territórios quilombolas e a regularização das terras quilombolas no Estado de São Paulo e outros casos de racismo recorrentes no Estado e na cidade de São Paulo,em estabelecimentos bancários,comerciais e públicos,onde negros são submetidos à atitudes racistas e tratamentos desumanos e vexatórios.

O fortalecimento das nossas lutas.

No entanto,vemos que existe uma herança do trato escravocrata,o Estado e suas políticas de segurança pública mantêm uma atuação coercitiva,preconceituosa e violenta dirigida a população negra. Desrespeito,agressões,espancamentos,torturas e assassinatos são práticas comuns destas instituições. Situações comuns nos mais de 350 anos de escravidão e comuns na pós-abolição. Comuns também nos períodos de ditaduras. Comuns em nossos dias.
Esta situação reafirma a urgência do fortalecimento das nossas lutas.

NOSSAS BANDEIRAS DE LUTAS.
  • Contra o genocídio da juventude negra;
  • Pelo fim do “Registro de resistência seguida de morte” ou “Auto de resistência” para as execuções sumárias;
  • Tipificação dos casos de violência policial que resultem ou não em mortes,como crimes de torturas,conforme a lei 9455/97;
  • Instituição de uma CPI das Polícias de São Paulo,que vise desmantelar as milícias,apurar denúncias/crimes e punir responsáveis;
  • Combate ao racismo,à discriminação,preconceito,homofobia e machismo;
  • Pelo fim da violência doméstica e outras formas de violência direcionadas à mulher negra;
  • Garantia dos direitos das trabalhadoras domésticas,em sua maioria mulheres negras;
  • Por reparações históricas para a população negra brasileira;
  • Pela manutenção do Decreto 4487,que regula a a titulação dos territórios quilombolas em âmbito nacional e a regularização das terras quilombolas no Estado de São Paulo;
  • Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais;
  • 10% do Produto Interno Bruto (PIB) destinados ao orçamento para a educação;
  • Implementação da lei 10639/03,que torna obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira em nossas escolas;
  • Cotas nas universidades públicas do Estado de São Paulo;
  • Combate às manifestações racistas,preconceitos e visões estereotipadas da população negra nos meios de comunicação;
  • Pelo fim do trabalho escravo;
  • Pela livre manifestação das religiões de matrizes africanas;
  • Pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais,sem redução de salários;
  • Pelo feriado nacional e no estado de São Paulo,no dia 20 de Novembro,o dia Nacional da Consciência Negra.
AS HOMENAGENS E OS HOMENAGEADOS (AS) PELA VIII MARCHA DA CONSCIẼNCIA NEGRA

Abdias do Nascimento
Candinho
Tata Pérsio
Os cinco anos da Lei Maria da Penha
Os cinco anos da criação do grupo “Mães de Maio”
As guerreiras:Estamira,Teresa de Benguela e Dina Di
Os dez anos do falecimento de Milton Santos
Os vinte anos do falecimento do Padre Batista
Os oitenta anos da fundação da Frente Negra Brasileira
Os cem anos do nascimento de Nelson Cavaquinho
Os trezentos anos da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos

NO DIA 20 DE NOVEMBRO PARTICIPE DA NOSSA MARCHA,A VIII MARCHA DA CONSCIẼNCIA NEGRA

Concentração às 10 hs no Museu de Arte de São Paulo (MASP),na Avenida Paulista,na cidade de São Paulo.
Informações:

blog 20denovembrosp.blogspot.com
e-mail:marchadaconsciencianegra2011@gmail.com

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Argentina: ASESINAN A CRISTIÁN FERREYRA, MIEMBRO DEL MOCASE VIA CAMPESINA


En la tarde de ayer, miércoles 16 de noviembre, la comunidad de San Antonio comunicó, que en la casa de la Familia Ferreyra se apersonaron Javier y Arturo Juaréz, sicarios de empresario Ciccioli oriundo de Santa Fé, y dispararon a sangre fria contra dos campesinos, causando la muerte con una escopeta a Cristán Ferreyra de 25 años e hirieron de gravedad a otro compañero que se encuentra en observación en el hospital de la capital santiagueña y un tercero con golpes graves.

La comunidad de San Antonio,a 60 km de Monte Quemado, miembro de la CCCOPAL MOCASE-Vía Campesina, viene resistiendo al intento de desalojo de empresarios que han contratado matones armados para realizar amedrentamiento en la zona norte de Santiago del Estero. Los empresarios que intentan acaparar las tierras, Los Julianes, Ciccioli, Ricardo Villa, Saud son venidos de Santa Fe y Tucumán; éstos son los mismos que han diseñado el plan de ataque que vienen sufriendo los campesinos indigenas en los departamentos Copo, Pellegrini y Alberdi desde hace 4 meses de forma sistemática. Unos ejemplos son la detención arbitraria de Ricardo Cuellar, el atentado a la FM Pajsachama, la quema de ranchos y pertenencias de campesinos de la CCCOPAL.
Esto ocurre con complicidad y alevociía de parte de autoridades provinciales y funcionarios del poder judicial e instituciones como la dirección provincial de bosque, quien AUTORIZO desmonte en un lugar donde viven familias campesinas indigenas de varias generaciones. A todos ellos los hacemos responsables directos del asesinato de Cristian.

Desde éstos territorios campesinos indígenas, se viene denunciando los atropellos, tal es así que el Juez Penal Alejandro Fringes Sarria de Monte Quemado ya tiene varias denuncias y no hizo nada para detener la escalada de violencia que impera en la zona. También el Comité de Crisis supo hacer relevamiento de las situaciones de atropellos. Hasta el momento, sólo la organización de las comunidades ha logrado evitar los desalojos y desmontes de miles de hectáreas.

En varias oportunidades el empresario Cicciola, amenazó publicamente que mataría a un campesino del MOCASE-VC para que dejen de" molestar".

El asesinato de Crístian Ferreyra no va a quedar impune y con toda la rabia y dolor que sentimos sus compañeros y compañeras, reafirmamos una vez más, que en la defensa de nuestros territorios llegaremos hasta la últimas consecuencias.

Cristian Ferreyra Presente!!!

Ni un metro más, la tierra es nuestra!

Somos Tierra para Alimentar a los Pueblos

Contactos:

011 15588011088
03844 414162
03844 408668

CONVOCAMOS A MOVILIZACIÓN EN SANTIAGO DEL ESTERO CAPITAL

Convocamos a todas y todos a participar de la movilización mañana en la capital de Santiago del Estero, a las 9:00 en la intersección de las calles Peru y Alvear, para mostrar nuestro enérgico repudio y dolor por el asesinato de Cristian Ferreyra y exigir la inmediata detención de los autores materiales e intelectuales del crimen.


Este pueblo no espera más.

A las 9:00, concentración en Peru y Alvear para marchar hasta Tribunales y Casa de Gobierno

Área de comunicación MOCASE-VC

Informe CIDH: Derechos de los Pueblos Indigenas sobre Tierras Ancestrales


La Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) publicó en Febrero 2011 un Informe clave sobre Derechos de los Pueblos Indígenas y Tribales sobre sus Tierras Ancestrales y Recursos Naturales.

La protección del derecho a la propiedad de los pueblos indígenas sobre sus territorios ancestrales es un asunto de especial importancia para la CIDH.

La garantía del derecho a la propiedad territorial es una base fundamental para el desarrollo de la cultura, la vida espiritual, la integridad y la supervivencia económica de las comunidades indígenas. Es un derecho al territorio que incluye el uso y disfrute de sus recursos naturales. Se relaciona directamente, incluso como un pre-requisito, con los derechos a la existencia en condiciones dignas, a la alimentación, al agua, a la salud, a la vida, al honor, a la dignidad, a la libertad de conciencia y religión, a la libertad de asociación, a los derechos de la familia, y a la libertad de movimiento y residencia.

El informe analiza la obligación que tienen los Estados de consultar a los pueblos indígenas y garantizar su participación en las decisiones relativas a cualquier medida que afecte sus territorios.

Ver Noticia e Informe aquí



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“Femenina pero no feminista” ¿Aumenta la desigualdad de género en Rusia?


Fran Martínez, Rusia Hoy

“Yo las imagino como un puñado de mujeres sin atractivo alguno, con pelo grasiento, bigote y piernas sin afeitar; todas esas que claman ser feministas lo hacen por pura desesperación, porque ningún hombre querría estar con ellas”, Svetlana Kolchik -redactora jefe de la revista Marie Claire en Rusia-, relata de esta forma cómo reaccionó una colega periodista al tratar el tema del feminismo.

“Femenina pero no feminista” ¿Aumenta la desigualdad de género en Rusia?
Imagen de la época soviética de una mujer pensativa

Rusia está considerado como un país “de mujeres”, no sólo porque hay casi diez millones más de mujeres que de hombres, sino también porque obtuvieron derechos sociales como el aborto, el divorcio, el voto o la incorporación al mundo laboral relativamente pronto.

De hecho, un breve paseo por cualquier ciudad rusa parece demostrar que son ellas las que sacan el país adelante cada día. Sin embargo, el movimiento feminista en Rusia es prácticamente nulo y, según los expertos, tampoco tiene vistas de emerger a medio plazo.

Tras la toma de poder de los bolcheviques en 1917, las nuevas autoridades declararon su intención de “liberar a las mujeres” y “cambiar el modelo de familia”. Así, impulsado por la comisaria del pueblo Aleksandra Kolontai, se aprobó en 1918 un nuevo Decreto sobre el Matrimonio y los Códigos de Familia que facilitaba el divorcio y legalizaba el aborto, creándose, además, los llamados “consejos de mujeres” como órganos consultivos.

Cartel de propaganda soviética invitando a la mujer a salir de la cocina

Con la llegada de Stalin al poder, dichos órganos desaparecieron y ciertos derechos sociales como el divorcio o el aborto fueron restringidos, aunque no anulados.

Fue sobre todo durante la segunda guerra mundial cuando las mujeres se incorporaron masivamente al trabajo, pero la guerra pasó, algunos soldados regresaron y Stalin murió.

Lo que encontraron a continuación tampoco fue un camino de rosas: sus derechos volvieron a ser ampliados, pero ahora ellas tenían que hacer frente a la llamada “doble carga”: un empleo estable y sacar adelante casa e hijos. Esto, junto al hecho de que sus trabajos siempre solían estar pobremente pagados, contribuyó en gran parte a que la Unión Soviética fuera uno de los líderes mundiales en el número de divorcios y de abortos.

En los noventa la situación no mejoró, sino todo lo contrario. El colapso de la URSS dejó un desempleo masivo y una inquietante falta de espectativas, lo que llevó a mucha gente (sobre todo mujeres) a decidirse por un exilio exterior y no interior (alcoholismo).

Fue en esta época cuando comenzaron a llegar productos occidentales de todo tipo, desde ropa y cosméticos a revistas y películas; la mayoría de éstas reflejaban una ideología más conservadora que la vista en Moscú o San Petersburgo en cuanto al rol de la mujer.

“En particular fueron las soap-operas y las revistas de moda las que promovieron la idea de que el lugar de la mujer estaba en el matrimonio y en la familia; además extendió la idea de cazar a un marido rico y mostrarse siempre guapa” explica Olga Voronina, Directora del Centro para Estudios de Género de Moscú, quien añade: “las mujeres rusas vivieron durante décadas una realidad gris con muchas carencias materiales y se acabaron creyendo el mito”.

Según cuenta Voronina en la revista Russia Profile, fue durante la perestroika cuando las ideas feministas y de igualdad de género se empezaron a presentar como un “anacronismo soviético”: “a esas mujeres se les calificaba de agresivas, marimachos o sexualmente frustradas”.

En el mismo artículo de Russia Profile, la cofundadora de “The Modern Woman’s Survival Guide” e investigadora de la Universidad de Alaska Fairbanks, Alla Ivanchikova, argumenta que la posible restricción de los derechos de la mujer en Rusia se debe a que la sociedad no participó en “la segunda ola de feminismo” que durante los 70 consiguió mejoras sustanciales en Canadá y Estados Unidos.

“Las mujeres soviéticas ya no eran feministas porque habían recibido sus derechos y protección social desde arriba. De esta forma no pudieron entender la escala de las pérdidas que sufrieron tras el colapso de la Unión Soviética. La desigualdad social entre hombres y mujeres está ligada con la estratificación económica de los 90”, sostiene Ivanchikova.

Para Nastia, estudiante de teatro en San Petersburgo, “hemos retrocedido al punto donde estaban las sociedades occidentales en los años 50”; mientras que Rima Sharifullina, presidenta de la ONG “Petersburgskaya Egida”, relaciona el retroceso de los derechos de la mujer con el incumplimiento de algunos derechos humanos.

Para la sueca Erika Edquist, activista en la defensa de los derechos de la mujer, “feminismo y Derechos Humanos son dos movimientos que pueden ayudarse mutuamente, para conseguir que los derechos sean más igualitarios y efectivos”.

Ante la pregunta de cuál es la diferencia entre feminismo y feminidad, y si son compatibles, Erika nos responde: “en pocas palabras, podemos decir que la tarea del feminismo es examinar cómo la feminidad y la masculinidad son creadas y mantenidas en una estructura de poder, para así liberar a ambos de dicha estructura”.

No obstante, la redactora jefe de la revista Marie Clarie en Rusia, Svetlana Kolchik, discrepa de esta opinión y escribe: “la feminidad es una parte esencial del ser mujer ¿quién discutiría eso? Igualmente el feminismo me parece un concepto ya pasado, un slogan de los sesenta y setenta, cuando la revolución sexual infectó el mundo occidental y los derechos de la mujer volvieron a ser un tema caliente”. Conviene explicar -para mejor comprensión-, que Svetlana tiene sólo 33 años y ha realizado parte de sus estudios en “el mundo occidental”.

Para los que hemos realizado parte de nuestros estudios “en el mundo ruso”, nos resultará familiar que entre los extranjeros se hagan comentarios como estos: “¿es esto una universidad o un night-club? ¿Cómo pueden tomarlas en serio con esos tacones y esas mini faldas?”.

Para esta bloguera el problema no es sólo la asunción de “prestar atención a su belleza”, sino que además se espera de ellas que sean “bien leídas, inteligentes y competentes”.

No obstante, en opinión de Erika Edquist, “la forma cómo las mujeres rusas (u hombres) visten no tiene relación con la regresión o aceptación del feminismo en la sociedad. Si las feministas luchan por la igualdad de derechos para todos las mujeres con mini falda y tacones también son aceptadas. Otro asunto es si los accesorios tradicionalmente aceptados como femeninos pueden, en ciertos contextos, favorecer la conservación de la relación de poderes tradicional”.

Durante la celebración del día de la mujer, el pasado 8 de marzo, el todavía primer ministro Vladimir Putin declaró “queremos que las mujeres sean los ornamentos de nuestros de nuestras vidas”.

Las interpretaciones pueden ser varias. Pero el próximo candidato a las elecciones presidenciales rusas ha recibido numerosos agasajos femeninos en los últimos años, como este calendario de las estudiantes de periodismo de la MGU por su 58 cumpleaños o estos vídeos de apoyo a su reelección. Por cierto, también el ahora presidente Dmitri Medvedev ha sido mimado con un club de fans femenino.

Otra actitud ante el asunto es la que toma Irina Khakamada, antigua diputada de la Duma y candidata presidencial: “Yo soy una post-feminista. Una mujer que no lucha por sus derechos, que no intenta demostrar nada, y para quien los hombre existen para dar felicidad: como un coche de carreras o un bonito reloj; Para todo lo demás –dinero, tener hijos y criarlos- me basto por mi misma”.

Algunos links para saber más sobre el tema:

http://hpronline.org/world/on-being-a-feminist-in-russia/

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2021265/Putins-bikini-clad-Army-girls-car-wash-leaves-Russian-news-anchors-lather.html

http://www.feminisnts.ru/феминизм/русский-феминизм

http://rbth.ru/articles/2010/04/06/dont_call_her_a_feminist.html

http://www.svobodanews.ru/content/feature/24330531.html

http://www.youtube.com/watch?v=VBx677GwhWU

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Encuentro feminista realizará análisis del movimiento y trazará estrategias de lucha


Cerca de 1.200 feministas participarán en el 12º Encuentro Feminista Latinoamericano y del Caribe titulado 30 años de Feminismo Latinoamericano y del Caribe: desatar, desnudar y renovar. El evento se realizará entre los próximos días 23 y 26, en Bogotá, Colombia, después de tres décadas desde la última vez que se realizó en este país. Con objetivos como hacer balance del movimiento feminista en la región, incitar debates sobre temas relevantes y trazar estrategias de lucha.

"Es la propuesta de dar una mirada al camino recorrido con el fin de desatar los nudos que hemos ido amarrando, reanudar los debates y diálogos cerrados, desnudando los cuerpos, las conciencias y las apuestas políticas por una vida digna, libre y autónoma para las mujeres; ejercicio político que, esperamos, nos permitirá pensar juntas acerca del horizonte de las luchas feministas en la región”, se puntualiza en la convocatoria.

De acuerdo con Miriam Cotes, integrante de la Comisión de Comunicación del Encuentro, las principales demandas feministas a ser tratadas en el evento tienen que ver con la garantización de los derechos de las mujeres y con la necesidad de que se produzcan cambios culturales en la sociedad, más allá de los avances en las leyes.

"Un enfoque de derechos de acuerdo con el cual se demanda que los derechos de las mujeres sean plenamente reconocidos por los Estados y que, en este sentido, promulguen leyes en cada país, en el marco de convenios internacionales y nacionales, para que a las mujeres se les garanticen, protejan y restablezcan SUS derechos”, se señala también.

Los cambios culturales tendrían un impacto más intenso en las relaciones sociales, incidiendo en instituciones como la familia, la escuela y los servicios médicos y favoreciendo el reconocimiento de las mujeres como ciudadanas, sujetos de derechos.

"Este cambio cultural pasa por la deconstrucción y reconstrucción de conocimientos, actitudes, prácticas, imaginarios y representaciones sociales que favorezcan el bienestar de las mujeres como ciudadanas. Dicho en pocas palabras, el planteamiento es que las leyes son una condición necesaria pero no suficiente para la transformación que plantea el feminismo”, se destaca.

Con 30 años de movimiento transcurrido y en relación con el Encuentro, Miriam evalúa que la situación de las mujeres cambió, pero que todavía hay mucho por hacer, tanto en relación con las leyes como con la cultura. "Por ejemplo, en el tema de violencias contra nosotras, las cifras siguen siendo alarmantes y las respuestas a los porqué de estas violencias más alarmantes aún”, cita.

Más informaciones sobre el 12º Encuentro Feminista Latinoamericano y del Caribe –30 años de Feminismo Latinoamericano y del Caribe: desatar, desnudar y renovar–pueden encontrarse en el sitio web: www.12encuentrofeminista.org/pagina.php?p_a=1&d=inicio--12-encuentro-feminista-latinoamericano-y-del-caribe

Traducción: Daniel Barrantes – barrantes.daniel@gmail.com

Ecuador: UNA VEZ MÁS SOBRE LA RELACIÓN ENTRE EL GOBIERNO DE CORREA Y LOS MOVIMIENTOS SOCIALES


Por Mario Unda

Como cada vez que se acerca un período electoral, y en medio de un recambio relativamente numeroso en el gabinete ministerial, Rafael Correa ha vuelto a prometer una “radicalización” de su “revolución ciudadana”. Ironías discursivas: el anuncio se hace apenas poco después de que el Estado, espionajes y cuerpos de élite mediante, se ha acreditado el mayor despido de trabajadores en la historia ecuatoriana. Quizás para dar más credibilidad a sus reiteradas ofertas –nunca cumplidas– ha colocado a ex militantes de izquierda, con (supuestas) vinculaciones con los movimientos sociales en los ministerios coordinadores de Desarrollo Social y de la Política, en la Secretaría de Pueblos y -¡Dios nos libre!- en la Secretaría de Inteligencia. Pero ¿traerá todo eso algún cambio significativo? ¿Dependerá un posible cambio de la sustitución de personas en la alta burocracia estatal? Trataremos en este artículo de reflexionar sobre la lógica de las cosas, sobre lo que está “más allá de lo evidente”.

1.Ya es comúnmente aceptado que la relación con los movimientos sociales es uno de los puntos neurálgicos de la “revolución ciudadana”.Para muchos analistas latinoamericanos de pensamiento de izquierdas un conflicto tan virulento puede resultar incomprensible. Por ejemplo, Martha Harnecker, en una entrevista al estatal diario El Telégrafo dijo hace poco: “Porque amplios sectores de la población ecuatoriana respaldan a Rafael Correa y me sorprende la beligerancia que tienen hacia el mandatario los dirigentes indígenas”[1]. Pero, tras la sorpresa, tienden a aceptar como explicativo el marco discursivo elaborado desde el gobierno o desde los intelectuales cercanos a él. De este modo, los desencuentros podrían deberse a decisiones tácticas tomadas por el movimiento indígena en relación con la inicial candidatura de Correa, a la que no aceptaron sumarse; o al carácter corporativo de los movimientos sociales y a su horizonte reducido a exclusivas demandas particulares (cosas que se asumen como la misma, descuidando su diferencia central)[2]; o a que los indígenas (y a veces, por extensión, los movimientos sociales) han quedado descolocados por la afirmación del proyecto de Alianza Pais, y se volcaron a alianzas antinaturales con la oligarquía, le hacen el juego a la derecha o directamente están infiltrados por la CIA[3].

Como se ve, estos argumentos suponen una de dos cosas: o bien el gobierno representa el lado progresivo de la historia, los cambios, la revolución, los intereses generales del proceso de transformación (o la palabra que se prefiera), y, en consecuencia –aunque a veces se tiene el pudor de no decirlo abiertamente– todo lo que se opone a él es visto como “atrasado” respecto a los avances del proceso o simplemente juega un rol contrarrevolucionario;o bien gobierno y movimientos sociales comparten un proyecto histórico de cambio, si no único, por lo menos bastante cercano, pero los errores mutuos impiden el encuentro.

Aunque en estas breves páginas no tenemos el espacio suficiente para debatir in extenso estos planteamientos (lo que, en todo caso, nos parece necesario), hay algunas cosas que nos gustaría dejar sentadas. En una conferencia dictada en enero de 2010, en el auditorio de la Secretaría Nacional de Planificación y Desarrollo (Senplades), Boaventura de Souza Santos criticó el uso del término “corporativismo” para referirse a la acción de los movimientos sociales: por un lado, porque el término alude a una relación específica –la de los estados fascistas; por otro lado, porque su retorno a los discursos dominantes está marcada, en el último período, por su utilización neoliberal: es parte de su arsenal para justificar el ataque a los sindicatos (y a los movimientos populares) desde Thatcher en adelante.

Pero nosotros añadiríamos, para el caso ecuatoriano (y probablemente de otros países latinoamericanos), que, incluso en su acepción de “horizontes limitados por el particularismo reivindicativo”, simplemente no se corresponde con la realidad. Es cierto que todas las organizaciones y movimientos construyen su horizonte desde demandas específicas (caso contrario no existirían); sin embargo, eso no agota el horizonte de pensamiento y de acción de las organizaciones populares y de sus miembros. Si algo ha caracterizado nuestra historia reciente ha sido, justamente, que los el accionar y la conciencia de los movimientos rebasó la “muralla china” que la normal reproducción de la dominación establece entre lo social y lo político.

La crisis del neoliberalismo y la resistencia social auparon una sana politización de la conciencia social. Ese ambiente aún no se ha disuelto, de manera que incluso acciones de tinte “corporativo” suelen aparecer revestidas con un discurso político. Pero lo sustantivo, a nuestro modo de ver, se refiere a los procesos de constitución del movimiento popular, esa particular confluencia de movimientos y acciones de protestas que (según recuerda Theotonio dos Santos[4]) se constituye como parte de las dinámicas naturales (es decir, espontáneas) en el crescendo de la lucha social.

En el Ecuador, esta confluencia se ha producido siempre alrededor de un movimiento que, en esas coyunturas era el más organizado, el que contaba con mayor capacidad de respuesta, de propuesta y de movilización y que, por tanto, servía como eje articulador. Los movimientos que sirven de eje al encuentro de la protesta social logran articular hegemónicamente las demandas y aspiraciones de un amplio conglomerado de sectores populares. Las luchas estudiantiles de los años de 1960 y 1970 no estaban referidas sólo a los intereses de los estudiantes (de hecho, eran cada vez menos referidas a sus temas particulares). La plataforma de lucha del Frente Unitario de los Trabajadores a inicios de los años de 1980 recogía, junto a las demandas obreras, un conjunto de demandas de otros sectores populares, urbanos y rurales. Las demandas indígenas desde 1994 en adelante nunca se circunscribieron al mundo indígena; y no sólo porque asumen en determinados momentos ciertas demandas populares específicas (como la oposición al alza del precio del gas), sino porque sus propuestas claramente hacen parte de un proyecto político (por ejemplo, la oposición al TLC con Estados Unidos): su demanda central, el Estado Plurinacional, es una propuesta para el conjunto de la sociedad, no sólo para los indios. Este no fue el caso de las movilizaciones ciudadanas de 2005, quizás porque expresaban más bien la dispersión que la articulación de las demandas populares.

Así, pues, la lucha social genera su propia politización, más allá de los moldes del sistema político y de la democracia representativa (aunque se relacionan con ellos). No en balde, tanto la intelectualidad de derechas como este gobierno “progresista” (con su presidente a la cabeza) pugnan por despolitizar la acción social. Desde fines de diciembre de 2010 se discute un “reglamento de organizaciones de la sociedad civil” que establece como una “causal de disolución de las organizaciones”… ¡realizar proselitismo político!

2.Nosotros, en cambio, hemos sostenido que el conflicto entre el gobierno y los principales movimientos sociales, sobre todo el movimiento indígena, tienen causas más profundas: por un lado, los proyectos son no solamente distintos, sino opuestos: el proyecto de la “revolución ciudadana” es la modernización capitalista; el proyecto de los movimientos sociales es la emancipación, así se trate de “vagos anhelos” de emancipación (como dijera Marx sobre la república social a la que aspiraban las clases trabajadores parisinas en 1848 y en 1871). Por otro lado, y siendo así, se presenta una disputa hegemónica entre ambos; el gobierno de Correa no representa el sentido de las luchas sociales de resistencia popular al neoliberalismo, aunque haya hablado su mismo lenguaje en un primer momento. Por el contrario, el gobierno disputa la conciencia social frente a la oposición de la derecha tradicional, pero también, y con no menos urgencia, a los movimientos sociales; dicho de otro modo, el gobierno requiere, para su afirmación hegemónica, no la alianza con los principales movimientos sociales, sino su desestructuración. La práctica y el discurso correísta, desde el inicio mismo de su gestión, ha dado buena fe de ello.

3.Pero quisiéramos ahora explorar otra aproximación, que nos ha sido sugerida por la lectura de una Conversación, en la que Luis Tapia refiere que René Zavaleta identificaba el populismo con una situación de no-autorepresentatividad de las clases subalternas. Aunque no cita el título del texto, se trata de Formas de operar el Estado en América Latina(bonapartismo, populismo, autoritarismo)[5].

Allí Zavaleta indica que el populismo “es una modalidad sin duda no incompatible con la lógica del bonapartismo” (p. 43). Vale recordar que el término “populismo” para caracterizar a los gobiernos progresistas de esta época no es utilizado solamente por sus adversarios, sino que es recuperado por autores como Laclau y Dussel, defensores de estas experiencias.

De acuerdo con Zavaleta, el bonapartismo es una forma (la formaimpura) de construcción de la autonomía relativa del Estado; por lo tanto, de afirmación del moderno Estado capitalista. Y señala dos condiciones para el surgimiento de un régimen tal: por un lado, una situación de “empate catastrófico” (como diría Gramsci), pero, quizás, más propiamente, de irresolución de la hegemonía. La hegemonía del anterior bloque en el poder entra en crisis, pero las clases subalternas no alcanzan a convertirse en hegemónicas. Por otro lado, una parte importante de las clases subalternas se encuentra incapacitada para representarse por sí misma (pp. 38-40). Ambos aspectos afirman la autonomía relativa del Estado, pero también las tendencias de centralización de poderes y del carácter personalista en que suele aparecer.

¿Podemos utilizar estos elementos para explicarnos el gobierno de Correa? Entendemos que sí. Como sabemos,el reinado neoliberal fue, finalmente, el origen de la caída de la hegemonía de la burguesía oligárquica; ese proyecto no logró nunca “ganarse el corazón y la mente” de las amplias masas de población; por el contrario, las luchas sociales que diferentes sectores llevaron adelante iban concitando simpatías hasta lograr altos puntos de movilización y confluencia, como fruto de las cuales (y de los disensos al interior del propio dominante) la aplicación del modelo neoliberal se volvió más lenta e incompleta que en otros países de la región. La incapacidad de os grupos dominantes para convencer a la población de las supuestas bondades del TLC con Estados Unidos mostró con claridad que sus posibilidades hegemónicas habían tocado fondo. Pero hubo otro efecto muy importante: en la conciencia social fue ganando espacio el programa práctico de los movimientos sociales, cuyos puntos centrales lograron una amplia aceptación: nacionalización de los recursos naturales, límites al ingreso del capital extranjero, control sobre los capitales, desprivatización de los servicios básicos, sobre todo agua, salud y educación, poner término a las privatizaciones, terminación del convenio que había entregado la base naval de Manta a la marina estadounidense, no firma del TLC, incluso una reforma agraria radical[6].

Pero en vísperas de las elecciones de 2006, también el impulso movilizador de los movimientos sociales se había debilitado políticamente (en parte como resultado de la aventura de la alianza con Lucio Gutiérrez[7]) y ya no funcionaba como eje aglutinador del descontento. Las movilizaciones en medio de las cuales es destituido Gutiérrez son una muestra, con la amplia participación de “ciudadanos” de clase media. Se produjo así, si bien no un empate catastrófico en el sentido fuerte del término, al menos sí una situación de imposibilidad de resolución de hegemonías. Este vacío, y su discurso que pretendía tomar algunas demandas sentidas la movilización social, fue el ambiente que permitió el triunfo de Correa.

La segunda condición mencionada por Zavaleta es la presencia de mayoritarias “masas no autorepresentables y dispersas” (p. 40). ¿Teníamos una situación de ese tipo? Teníamos y tenemos. Franklin Ramírez suele citar una encuesta de Auditoría Democrática, que muestra que la participación en organizaciones desciende y se ubicaría en menos del 5% de la población. Aunque el dato pueda estar subvaluado, sobre todo para el campo, lo cierto es que revela una paradoja: organizaciones fuertes, con capacidad de movilización, con proyectos de sociedad, pero que viven en un ambiente de disgregación social. Estas mismas masas dispersas son las que movilizaron electoralmente para respaldar a caudillos populistas, igual de derecha que de ¡izquierda”, así como en otras ocasiones se movilizaron detrás de los llamados a las huelgas o a los levantamientos. Pero la dispersión no es coyuntural, sino estructural: el neoliberalismo, de la mano de mercantilización de todos los órdenes de la vida social y de la ideología del individualismo exacerbado, la competencia y el éxito individual, acentuó la disgregación, igual en el campo que en la ciudad; igual en las clases trabajadoras que en los sectores medios. Comparar las votaciones en la última consulta popular (7 de mayo de 2011) con el mapa de la estructura de clases es bastante ilustrativo: Correa triunfó en las zonas populares urbanas, donde predominan organizaciones poco estructuradas, relaciones clientelares y débil participación social; así como en zonas campesinas de la Costa, de condiciones similares. Fue derrotado, en cambio, en los territorios indígenas, de mayor cohesión organizativa autónoma.

Esos sectores dispersos que, como diría Marx, “son […] incapaces de hacer valer sus intereses de clase en su propio nombre […,] no pueden autorepresentarse, [y] tienen que ser representados”, reproducen espontáneamente una ideología autoritaria de la política: “Su representante tiene que aparecer al mismo tiempo como su señor, como una autoridad por encima de ellos, como un poder ilimitado de gobierno que los protege de las demás clases […]. [Su] influencia política encuentra su última expresión en el hecho de que el poder ejecutivo somete bajo su mando a la sociedad”. De allí la profunda coherencia de la arenga de Correa para atraer sus votos en la consulta: “Confíen mí”. Es que esas masas desorganizadas y dispersas no tienen posibilidades de confiar en sí mismas y están siempre a la espera de algún líder que las guía a la tierra prometida. No es casualidad que la frase de Marx sobre el bonapartismo francés parezca tan adecuada para nuestra situación actual.

Ahora bien, esa dispersión y esa falta de capacidad para representarse por sí mismos no sólo son las condiciones del surgimiento de un modelo de dominación semejante: requiere su perpetuación. Quizás eso contribuya a poner un poco más de claridad en la obsesión de Correa por desestructurar a los movimientos sociales con mayor capacidad de organización y de movilización autónoma.

Finalmente, un tercer aspecto para resaltar: “todo Estado moderno”, dice Zavaleta, debe ser capaz de servir a los fines estratégicos del bloque histórico burgués, aunque contradiga los intereses puntuales de la burguesía blood and flesh” (p. 41). Es que “la autonomía relativa del Estado se refiere a la separación entre el poder del Estado, o naturaleza de clase, y el aparato del Estado, o administración factual” (p. 40). Dicho de otro modo, el carácter de clase del régimen no se resuelve únicamente por la condición social del presidente y sus ministros, sino por la coherencia del proyecto hegemónico con los “fines estratégicos” de la burguesía; sus fines estratégicos, insistamos, no solo sus negocios inmediatos.

¿Qué podemos decir si miramos las cosas desde esa perspectiva? ¿Cuáles serían esas necesidades estratégicas de los grandes grupos capitalistas en este momento de su desarrollo? Seguramente la expansión del capital: la extensión de los mercados y la colonización mercantil de las “economías populares y solidarias” (mírense el Código de la Producción y la Ley de Economía Popular y Solidaria; obsérvense los planes de “negocios inclusivos” y “cadenas productivas” en el campo y en la ciudad); la generación de lo que Marx denominaba las condiciones generales de la producción (compárese con la enorme inversión en vialidad, la modernización de puertos y aeropuertos, la construcción de aeropuertos internacionales en Latacunga –producción florícola– y Santa Rosa –producción bananera–, los avances en la construcción del complejo de la vía Manta-Manaos –carretera, puertos, aeropuerto–…); la disposición de fuerza de trabajo disciplinada (ese papel lo cumplen las políticas sociales y laborales “progresistas”: por un lado, dan satisfacción a ciertas aspiraciones de los trabajadores, como mejores salarios y posibilidades organizativas, es decir, desactivan ciertas inconformidades al tiempo que generan disciplinamiento; por otro lado, mantienen espacios de trabajo flexibilizado, disfrazado de encadenamientos productivos y de negocios inclusivos); la generación de incentivos para el desarrollo de nuevos campos de negocios para el capital, sobre todo tomando en cuenta los cambios que se producen en el orden capitalista mundial (nuevamente, el Código de la Producción, también el Plan Nacional de Desarrollo); su “inserción inteligente” a una globalización económica en mutación y en crisis (mírese la correlación entre las vías de transnacionalización de los capitales ecuatorianos y las vías por las que transcurre la nueva política internacional);…

En fin: las necesidades estratégicas del capital y el proyecto de modernización capitalista del gobierno de Correa se corresponden plenamente. Y ese es el otro componente de su ácido enfrentamiento con los movimientos populares.

Quito, noviembre de 2011


[1] El Telégrafo, lunes 15 de agosto de 2011, pp. 2 y 3.

[2]Resumimos aquí brevemente (y simplificadamente) algunos planteamientos que suelen repetirse frecuentemente. Algunos de ellos los tomamos de los textos de lectura que se repartieron para estos dos módulos (acá nos referimos particularmente al trabajo de Franklin Ramírez y a la conversación, ya citada, entre González, Marín, Sader, Svampa y Tapia).

[3] Eva Golinger, periodista norteamericana afincada en Venezuela, es quien con más ahínco ha echado a circular esta especie, repetida varias veces por Correa en sus cadenas sabatinas. La acusación ha sido tomada como verdad indiscutible por intelectuales latinoamericanos (como Britto García, de Venezuela, y Atilio Borón, de Argentina, y ecuatorianos, como Rafael Quintero y Érika Sylva-por lo demás, altos funcionarios del régimen). Llama la atención que la escasa solidez de los argumentos no haya causado siquiera un poco de curiosidad en pensadores de esa talla, lo que demuestra lo difícil que es debatir actualmente en torno al carácter de los gobiernos “progresistas” y a los conflictos que atraviesan hoy nuestras sociedades.

[4] “Se puede concluir que existe una relación entre varios sujetos particulares, que se van desarrollando en varios movimientos sociales concretos, en el sentido de formación de un sujeto social más global, que en América Latina adopta el nombre de «movimientos populares»”. Theotonio dos Santos: Crisis y movimientos sociales en Brasil, pp. 50-51; en Fernando calderón G., comp.: Los movimientos sociales ante la crisis, UNU-CLACSO-IISUNAM, Buenos Aires, 1985, pp. 45-61.

[5]El texto se publicó sólo después de su muerte (véase: Maya AguiluzIbargüen y Norma de los Ríos Méndez (coords.): René Zavaleta Mercado. Ensayos, testimonios y re-visiones, 2006).

[6] El número de la revista Quantum publicado poco antes de las elecciones para constituyentes (2007) revelaba datos de una encuesta que mostraban esa tendencia. Se trata de una publicación que se distribuye entre círculos empresariales.

[7] Se ha criticado mucho al movimiento indígena por esa alianza; sin embargo, al interior de Pachakutik no fueron las organizaciones indígenas las que impulsaron el acuerdo, sino sectores mestizos urbanos… que luego se mudaron a Alianza Pais y forman parte del gobierno de Correa hasta la actualidad.

CAOI Construye la propuesta sobre derechos de la madre tierra.


Seminario Regional en Quito articulará visiones y propuestas de los pueblos indígenas andinos, movimientos sociales, académicos y juristas.


En la Región Andina, el Abya Yala y el ámbito global, es creciente la preocupación de los movimientos indígenas y sociales por generar instrumentos jurídicos que protejan los Derechos de la Madre Tierra. ... Para abrir un espacio de intercambio y debate sobre este tema, la Coordinadora Andina de Organizaciones Indígenas (CAOI) realizará del 16 al 18 de noviembre en Quito, Ecuador, el Seminario Regional “Derechos de la Madre Tierra / Derechos de la Madre Naturaleza”.

La defensa y promoción de estos derechos frente a las actividades y políticas que impactan en la naturaleza han logrado algunos avances normativos de Ecuador y Bolivia. La Constitución Política ecuatoriana reconoce los derechos de la naturaleza y la Asamblea Legislativa Plurinacional boliviana ha aprobado una Ley de Derechos de la Madre Tierra. El reto es materializar estas normas en políticas públicas concretas.

El seminario buscará responder a preguntas claves como: ¿es posible conceder derechos a la Madre Tierra? Lo hará tanto desde la perspectiva de los pueblos indígenas andinos y sus organizaciones como a través de una fundamentación jurídica, para lo cual participarán en paneles dirigentes indígenas y abogados de Bolivia, Ecuador, Colombia y Perú.

Otras preguntas que se plantearán en el Seminario Regional, convocado junto con la Confederación Kichwa del Ecuador (ECUARUNARI), son cómo hacer exigibles los Derechos de la Madre Tierra y cuál es la relación de estos derechos con los derechos de los pueblos indígenas.

Las propuestas, discusiones y conclusiones de este Seminario Regional serán sistematizadas en un documento sobre los Derechos de la Madre Tierra, que incluirá los avances en este tema y será publicado por la CAOI para aportar al debate sobre las alternativas indígenas frente a la crisis ambiental y civilizatoria.

PRONUNCIAMIENTO CONACAMI PERÚ


Condenar toda represión contra los pueblos del Perú que en el campo y en las calles expresa su voluntad de un nuevo orden social.

En el marco de la política neoliberal, el capitalismo ha pasado a la fase de especulación financiera y concentración de la propiedad y de los recursos naturales, siendo las corporaciones financieras lideradas por el FMI, el Banco Mundial, y las supranacionales bancarias, las que imponen en nuestros estados el modelo económico y generan flujos financieros confiscatorios a las economías de los trabajadores en pro de la banca supranacional y sus empresas; y dentro de estas, las empresas extractivas, como las mineras y petroleras, que al amparo de supuestas políticas de estabilidad macroeconómica prácticamente se imponen en nuestros países como la herramienta para dicha estabilidad.

En esta fase, que se caracteriza por una descontrolada codicia de apropiación y acumulación de recursos minerales e hidrocarburos, han desarrollado tecnología y modos de explotación y de alta tecnología que les permite como nunca antes se ha visto, extraer de la naturaleza tremendas cantidades de recursos, pero sus prácticas de extracción lamentablemente generan niveles de contaminación igualmente nunca antes vistas, destruyen bio-regiones productivas enteras y contaminan poblaciones a niveles de escándalo, quedando tierras inservibles e irrecuperables por siglos, así como alterando mortalmente los acuíferos naturales, y con el aire totalmente contaminado, con la dispersión en vastos territorios de esta contaminación; tomando en cuenta que mucho de estas explotaciones se hacen con el método de “cielo abierto”, proscrito en los países del Norte por ser muy nocivo; en otras palabras, están destruyendo nuestros medios de producción y fuente de vida, salud y alimentación e hiriendo mortalmente a poblaciones enteras,

En Cajamarca el pueblo también tiene su propio proyecto económico que es el de la agricultura, la ganadería y la biocrianza. Triste recuerdo de tragedia aún presente es el de Choropampa, donde toda una población se contaminó con mercurio y donde van muriendo pausadamente, poco a poco, sin la atención del Estado, sin justicia, sin atención médica ni reparación ni de la empresa minera ni de la de logística que transportaba el mercurio.

y de las comunidades campesinas las más agredidas; adicionalmente, por tener la dignidad de defenderse; criminalizadas y perseguidas. Y probablemente y muy convenientemente, se consiente que actividades ilegales de deforestación y minería se propaguen devastando vastos territorios, generando conflictos sociales entre quienes hacen de estas prácticas un empleo negado por la sociedad y los campesinos y lugareños que son afectadas por las malas prácticas de producción altamente contaminantes, desplazando poblaciones originarias, como a las poblaciones originarias en Madre de Dios, (donde la población no contactada fundamentalmente es víctima principal) y cambiando de condición territorios que ante este cambio ya no califican como zonas de reserva ni zonas con poblaciones que deben ser “consultadas”, simplemente porque esta actividad limpió el camino a la entrada de las supranacionales que ya tienen sus denuncios a buen recaudo, con todos los derechos que el estado les otorga.

En estas condiciones, el Ministerio del Interior ha empezado a reprimir a la población; es decir, a poner al Estado al servicio de las mineras, convirtiéndolo en un minero-estado. Y la derecha neoliberal criolla, derrotada en las elecciones, después de haber conseguido mantenerse en el Ministerio de Economía y Finanzas y en el Banco Central de Reserva (donde permanecen los cuadros burocráticos formados durante la dictadura homicida de A. Fujimori), ahora ha entrado en un estado conspirativo utilizando el pretexto Chehade, cuando en realidad su propósito es restablecer la dictadura de la corrupción en la que han hecho grande negocios.

Este estado conspirativo se manifiesta en los medios de comunicación que pretenden dejar a Ollanta Humala primero sin Vicepresidentes y después sin el cargo de Presidente; luego de haberlo hecho renegar del programa político que el pueblo respaldó y lo llevó al gobierno.

Ese no es el modelo económico que es inherente a los pueblos, el modelo económico de nosotros está basado en la vida, en los alimentos orgánicos, en las fuentes de agua pura y abundante, en el ambiente sano y aire limpio; en suelos productivos. Esto es esencia lo que defendemos y es porque en todas las zonas de conflicto como Tumbes y Piura, Cajamarca (La Conga), Ancash, Huánuco, Lima, Junín, Cerro de Pasco, Huancavelica, Ayacucho, (Sicuani Espinar) Cuzco, (Tambo Cocachacra) Arequipa, Apurímac (Andahuaylas), melgar Puno (MINSUR), Madre de Dios, Moquegua y Ticaco Tacna, el pueblo se ha levantado, y ello es porque en muchas de las zonas arriba mencionadas ya es legible como el daño ambiental se ha manifestado de forma lamentable; probando además que por lo mismo, la actividad minera en su efímera presencia genera alto movimiento financiero en los lugares donde se asienta, y por ende proliferan la delincuencia y prostitución, la degradación social y cultura del consumismo, por las poblaciones foráneas que migran para trabajar en dichas empresas, con taza de empleo muy bajas, en empleos terciarios de baja calificación; no es una fuente generadora de trabajo realmente; y la pérdida de capacidades y competencias productivas de las poblaciones y de los territorios afectados es muy severa, literalmente irrecuperable, mayores flujos financieros no es mejor economía, mas empresas mineras no es necesariamente mayor cantidad de fuentes de trabajo, las que se generan son efímeras, a costa de otras que son mas estructurales. Nuestra lucha es contra este modelo económico, por ello, la Confederación Nacional de Comunidades Afectadas por la Minería CONACAMI hace un llamado a los pueblos del Perú a movilizarse para:

1.- Pronunciarse respaldando las luchas de los pueblos de Tumbes, Piura, Cajamarca (La Conga), Ancash, Huánuco, Lima, Junín, Cerro de Pasco, Huancavelica, Ayacucho, (Espinar Sicuani) Cuzco, (Tambo Cocachacra) Arequipa, Apurímac (Andahuaylas), (comunidades Quechua Aymara) Puno (MINSUR), Madre de Dios, Moquegua y (Ticaco) Tacna, conforme al Acuerdo de la Declaración del Misti Arequipa del Foro Nacional de los Pueblos Afectados por la Minería declarando a sus departamentos territorio libre de minería y postulando una alternativa de desarrollo económico y social propio que erradique la propuesta inhumana e inmoral del neoliberalismo internacional y de su versión canallesca y criolla en el Perú.

Los pueblos del Perú deben movilizarse por ser urgente recuperar la soberanía de nuestros territorios y recursos, y por garantizar nuestras fuentes de vida y agua pura para el futuro de nosotros y de nuestros descendientes.

2.- Demandar al estado peruano la estricta sujeción a la Carta de los Derechos Humanos, al convenio 169, firmado con la OIT, a la Ley General de Comunidades Campesinas, a la Constitución Política del estado, y a escuchar la voz del pueblo.

3.- Establecimiento de Una Comisión de la Verdad sobre las actividades mineras para la fiscalización de las actividades de las empresas mineras, por lo que vienen causando la contaminación por el uso de reactivos químicos, el impacto económico en territorio de las comunidades y es urgente el monitoreo de la calidad de agua, aire, tierra y verificación de la fauna y flora de la región, así como de los recursos hidrobiológicos de los ríos, lagos y océanos, todo con la participación de la representación de los pueblos y comunidades.
4.- Denunciar la pretensión de la derecha neoliberal criolla de restituir la dictadura de la corrupción que encabezó Alberto Fujimori.

5.- Recuperar para el Perú las políticas fiscal y monetaria, demandando la destitución del Ministro de Economía Luis Castilla Rubio y al Presidente del BCR Julio Velarde, he iniciar un proceso de industrialización del país utilizando productivamente las Reservas Internacionales que ahora corren peligro en la banca internacional especuladora.

6.- Demandar la reorganización del Ministerio de Economía y Finanzas erradicando a los elementos de la burocracia dorada del fujimorismo que se mantienen enquistados en ese organismo.

7.- Emplazar al gobierno de Ollanta Humala a acatar la voluntad popular que lo llevó a Palacio de Gobierno y cumplir con el programa de desarrollo nacional y de lucha contra la corrupción.

8.- Desarrollar la Reforma Total de la Constitución a partir de los pueblos originarios, mediante el mecanismo de la aplicación democracia directa del Referéndum de carácter vinculante y organizando el Congreso Constituyente de los Pueblos del Perú, de carácter deliberativo y propositivo.

9.- Tomar en cuanta y respaldar las realizaciones de la democracia directa en el mundo como el plebiscito sobre la educación gratuita en Chile, la consulta sobre la deuda externa y los planes fiscales en Grecia, las luchas por la democracia de los pueblos árabes, las manifestaciones de los indignados españoles y europeos, las manifestaciones estadounidenses de toma de “Wall Street”, etc.

10.-Denunciamos la masacre en Andahuaylas y llamamos al pueblo peruano a movilizarse en solidaridad por los cerca de 40 heridos a causa de la violenta represión en el noveno día del paro. Represión llevada a cabo con el mismo patrón de comportamiento que demuestra una escuela de exterminio y de represión inhumana por parte de los custodios del “orden”…. de las supranacionales y de los grupos capitalistas del mundo.

11.- Denunciamos que los Funcionarios del estado todavía no entienden que están al servicio del Pueblo, y con sus actitudes arrogantes precipitan reacciones por parte del pueblo que con justa indignación protestan por ello, momentos que son aprovechados por infiltrados para provocar y desatar una violencia extrema por parte de las autoridades.

12.- Las inversiones en el seno de las Comunidades y Pueblos del Perú deben ser adscritas a la visión y proyecto de desarrollo de las Comunidades. Si estas encajan y son favorables, se les incluye bajo la modalidad mas favorable para la empresa y la comunidad, si no, pues respetar la negativa de la Comunidad.

13.-Nos solidarizamos con el pueblo quechua aymara de Puno, cuyos dirigentes y pobladores están siendo perseguidos y hostilizados por el sistema judicial minero- neoliberal, por defender la vida y el patrimonio nacional.

IDENTIFICACION Y SANCION DE INFILTRADOS QUE DESATAN LA VIOLENCIA Y DE LOS POLICIAS QUE HAN DISPARADO A LA POBLACION!!!

POR LA SOBERANIA SOBRE NUESTRO TERRITORIO, POR NUESTRO MODELO DE DESARROLLO, POR LA VIDA……

NO A LA PRESENCIA DE LA MINERÍA DE NINGÚN TIPO SI LA POBLACIÓN ASI LO DECIDIERA!!!!

PROHIBICION TOTAL DE EXPLOTACION DEL TIPO CIELO ABIERTO EN TODO EL TERRITORIO NACIONAL.

POR UNA NUEVA LEY MINERA QUE SANCIONE EFECTIVAMENTE A QUIENES TRASGREDEN LAS EXIGENCIAS AMBIENTALES Y LOS DERECHOS HUMANOS.

EL PUEBLO SOBERANO EJERCE SU PODER: RECUPERA SOBERANIA SOBRE SU TERRITORIO, DECIDE SU MODELO DE DESARROLLO, LEGISLA Y POR LO TANTO GOBIERNA!!!!

Por los pueblos andino amazónico...............ahora o nuca hasta la victoria final.

kausachun tawantinsuyu……..jallalla pueblos en pie de lucha.

AGRO SI, MINAS NO!!!

Dirección Nacional de CONACAMI PERÚ.

Lima, 11 de Noviembre de 2011.

Perú: Respaldan acciones del Gobierno Regional en defensa del medio ambiente en el conflicto de CONGA

Autoridades y población de Jaén y San Ignacio no dudarán en salir nuevamente a las calles, si el Gobierno peruano insiste en explotar Conga, Majaz y otros proyectos asentados en cabecera de cuenca.

Los pobladores de las provincias de Jaén y San Ignacio, junto a sus autoridades respaldaron las acciones emprendidas por el pueblo cajamarquino y el gobierno regional en defensa de los recursos hídricos.

Fue durante 2 reuniones realizadas en ambas provincias, con presencia del presidente regional, Gregorio Santos Guerrero, quien tuvo que constituirse a estas ciudades con la finalidad de informar las acciones emprendidas por este estamento del estado en favor del medio ambiente y de los recursos hídricos.

Autoridades de ambas provincias, entre ellas el alcalde de San Ignacio, Carlos Martínez Solano felicitó la valentía del presidente regional Gregorio Santos, por unirse a la lucha justa de las organizaciones, y respaldó su decisión de no abandonar sus principios y ofertas electorales.

“San Ignacio siempre se ha puesto de pie para defender sus bosques y tierras de las transnacionales, y por eso estamos aquí", refirió, tras agregar que “necesitamos unidad para apoyar al gobierno regional de Cajamarca con el fin de fortalecer la defensa de los recursos naturales que cada vez son más escasos".

“El presidente Gregorio Santos no está sólo, y por eso líderes comunales, sindicatos y autoridades estamos presentes para unir fuerzas", dijo, luego de resaltar el potencial hídrico y turístico de la provincia de San Ignacio.

Por su parte el presidente Gregorio Santos, reiteró su compromiso con la defensa del agua, la vida y el medio ambiente, y para ello es importante dijo, que todos estemos unidos para cerrar filas en defensa de las pocas fuentes de agua que nos quedan.

"Pretender ejecutar proyectos de extracción y explotación de minerales donde hay mucha agua y menos sin la debida autorización de la sociedad civil, ha sido siempre un tema de discusión”, es por ello, dijo que debería reglamentar lo más pronto la ley de consulta previa para que sean las propias comunidades las que definan su presente y su futuro.

Tras criticar la irresponsabilidad de las transnacionales que por el lapso de 20 años, sólo han dejado contaminación y pobreza a cambio de ingentes cantidades de oro que van a engordar los bolsillos de un puñado de empresarios, manifestó que otro modelo de desarrollo, alternativo a la minería, sí es posible.

Sin embargo, recordó que urge un cambio urgente de constitución para evitar el blindaje a las trasnacionales, pues la actual se hizo con la intención de cercenar las competencias de los gobiernos regionales y locales en materia ambiental, realizar estudios de impacto ambiental poco serios, y otorgar permisos de explotación donde el recurso hídrico corre mucho peligro, por el “hambre del oro”.

Además indicó que las empresas mineras chantajean al gobierno de Ollanta Humala, diciendo que sí aceptan el gravamen minero, siempre y cuando Conga se explote: “No permitamos que secuestren a Ollanta las grandes oligarquías y las multinacionales. El pueblo se jugó por Gana Perú y no la Confiep, las transnacionales o la Sociedad nacional de la Minería, Petróleo y Energía, enfatizó.

Al cierre de la reunión el gobernante regional aprovechó para anunciar la pronta ejecución de diversos proyectos para Jaén y San Ignacio, los mismos que tienen que ver con salud, vías de comunicación, energía eléctrica, entre otros.