domingo, 6 de abril de 2014

Brasil: MANIFESTO DO MOVIMENTO XINGU VIVO - Altamira

 
MANIFESTO DECLARAÇÃO DO MOVIMENTO XINGU VIVO PARA SEMPRE: QUANDO OS RIOS NOS ENSINAM A DESCONHECER FRONTEIRAS E CONTINUAR LUTANDO.
 
Ao povo brasileiro,
 
à comunidade internacional,
 
a tod@s @s parentes que se importam com a vida...
 
Havia um tempo em que o Xingu corria livre, liberdade que garantia a vida. Então decidem estrangular seu curso. Decidem levantar um paredão em seu leito, amarrar um torniquete em sua jugular e gangrenar seu sangue. Seguimos lutando...

Ao tomar o governo em 2003, as forças de esquerda em coalisão com partidos de centro, com a insígnia de que a esperança havia vencido o medo, prometeram iniciar um período em que poderíamos ter atendidas boa parte de nossas demandas históricas. Para nós, povos amazônidas, na aurora daqueles dias, já cuidavam de desengavetar o Projeto de Morte Belo Monte e possivelmente gestavam planos de emparedamento de nossos rios pelos quatro cantos de nossa Amazônia. Um duro golpe que não será esquecido...retomamos em 2008 a aliança dos povos de nosso rio Xingu e bradamos um grito: “Xingu Vivo Para Sempre!” E seguimos na luta...

Percebemos que nessa dura luta, na qual elegemos um inimigo poderoso, a fim de nos fazer mais fortes ainda, muitos preferiram adotar o Desenvolvimentismo como verdade absoluta e única solução para nossos males seculares. O círculo de poder em Brasília continuou a adotar os grandes projetos de morte como artimanha para oferecer solução a nossas seculares demandas por educação, saúde, moradia, segurança alimentar e tantas outras. Suportamos o cinismo dessas políticas, a ganância das empreiteiras, o avanço do agronegócio, aliados indispensáveis dos desmandos e mentiras dos governos em todos os seus níveis. Ainda assim, seguimos lutando...

Nos solidarizamos com os irmãos e irmãs do Rio Madeira em sua luta, ajudamos a denunciar as atrocidades ambientais, judiciais e, sobretudo, sociais, que viriam com a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Em plena cheia de 2014, as próprias águas do Madeira parecem gritar por socorro e anunciar para o mundo que megas construções desse tipo não serão facilmente suportadas por nosso bioma amazônico e muito menos pelas pessoas que aqui sobrevivem diante disso.

Sofremos duros golpes de um dos Poderes da república cuja missão principal é zelar pela justiça. O artifício jurídico da Suspensão de Segurança, forjado durante a Ditadura Militar, foi e continua sendo usado em tempos de “Democracia” para exatamente escarnecer desta e dos direitos dos povos por sua autodeterminação. A Constituição da República e a Convenção 169 da OIT nada representaram para a cúpula do Judiciário brasileiro, ao vermos acintosas decisões negar esse direito aos povos indígenas e populações tradicionais. Ainda assim seguimos lutando...

Quando pensávamos estar sozinhos, surge no cenário nacional um povo que atravessa duas bacias hidrográficas, desconhecendo fronteiras, antecipando-se, num movimento típico de guerreiras e guerreiros acostumados a grandes batalhas por seu território. O Movimento Munduku Iperêḡ Ayu cuidou de nos ensinar, com esse gesto solidário, que essa luta não é apenas nossa, mas de toda humanidade. Em momentos tensos de um suposto diálogo, onde o governo federal insiste em mentir para fazer prevalecer sua posição, esse povo guerreiro sofreu a dura repressão das forças policialescas federais na Aldeia Teles Pires levando morte e destruição, depois no canteiro de obras de Belo Monte, em seguida na capital da República, e novamente em seu território, num claro sinal de que não se trata de um diálogo, mas de um monólogo no qual o governo insiste em ser o único protagonista. Apesar disso junto, e mais ainda, seguimos lutando...

Assim, essa luta nos ensinou que a dor não tem fronteiras e a longa noite dos mais de 500 anos de opressão e ataque ao modo de vida de nossa gente amazônida está longe de passar. Nunca houve tanto sentido nas palavras de Che para quem “Não há fronteiras nesta luta de morte” e que não “vamos permanecer indiferentes perante o que aconteça em qualquer parte do mundo". Como povos das águas amazônidas seguimos lutando...

Aprendemos na luta a empunhar a verdade sobre os grandes projetos na Amazônia, em especial Belo Monte, e denunciamos ao mundo as atrocidades que esta obra poderia e está a causar em nossa região. Enquanto reafirmávamos a possibilidade de outro modo de vida, que nada mais é do que o de nossos povos, o Governo brasileiro nos criminalizava e criminaliza. Enquanto reafirmávamos a vida, o Governo brasileiro nos impunha a morte de nossos rios. Enquanto dizíamos que é possível organizar-se para lutar em nome da liberdade de pensamento e da livre associação, o governo nos espionava e usava de práticas típicas da Ditadura Militar, sem que isso causasse qualquer incômodo à camarilha burocrata pró-barragem, que em boa medida foi vítima desse regime. Seguimos lutando...

Falamos ao mundo que Belo Monte não matou a resistência. Seu cimento não embotou todos os olhos, nem seu dinheiro comprou todas as consciências. Sua repressão não matou coragens nem calou bocas, suas mentiras não ensurdeceram todos os ouvidos. A resistência, a coragem, a verdade, a dignidade, a vida, nossos direitos não são negociáveis. É o que afirmamos em nosso caminhar de luta...

Aos críticos que se colocam a perspectiva derrotista, e dizem que Belo Monte é um fato consumado, que os paredões de concreto estão sendo erguidos e que, por fim, acabamos derrotados, o Xingu Vivo reafirma sua contrariedade ao projeto de morte que é Belo Monte, e diz que nunca esteve tão atual e pulsante o grito #PAREBELOMONTE, pois nenhuma hidrelétrica construída, em qualquer parte de nossa Panamazônia, representa uma sentença de absolvição dos crimes e outras violações perpetradas contra os povos do rio e da floresta. O eventual funcionamento de suas turbinas representa sim o escarnecimento da Constituição, dos direitos fundamentais, da democracia e da liberdade. Seguimos lutando...

E se Belo Monte não está só, se de outros rios se ameaça tirar a liberdade, se em outras regiões se planeja exterminar a mata, a vida indígena, do pescador, do ribeirinho, dos peixes, dos animais, e onde tentarem plantar desconfiança, ganância, discórdia, fome, desesperança e medo, estaremos lá com nossa resistência, coragem, solidariedade e dignidade. Reafirmando sempre a autonomia dos povos de decidirem seu próprio destino, direito e posição incompatível com os projetos de morte encomendados para nossa Amazônia. É o que nos propomos em nossa luta...seguir lutando...

Seguiremos lutando pelo respeito à vida, a cultura, a livre organização socioeconômica e política dos povos indígenas, dos pescadores, dos ribeirinhos, das mulheres e dos homens do campo e da cidade. Reivindicaremos a harmonia dos povos originários e tradicionais, harmonia com os pássaros, com os peixes, com a floresta, com os rios, vivos para sempre.

Se os rios são as veias da nossa terra, onde houver quem os queira estancar, lá estará a nossa luta. Como homens e mulheres das águas, onde houver quem queira lutar, lá levaremos nosso apoio e a eles pediremos solidariedade. Nunca esteve tão atual nossa aliança Xingu, Tapajós, Madeira e Teles Pires. Assim como os rios não conhecem fronteiras, não haverá fronteiras para a defesa do nosso direito de decidir nossos destinos. A luta nunca termina, pois como um velho sábio já nos ensinou “a luta é como um círculo, se pode começar em qualquer ponto, porém nunca termina”.

Seguir lutando sempre!
 
#PAREBELOMONTE #TAPAJÓSSEMBARRAGENS #PELAAUTODETERMINAÇÃODOSPOVOS
 
 
Altamira-PA, 04 de abril de 2014.
 
Movimento Xingu Vivo para Sempre
 
 

Chile; El Homenaje a Jaime Guzmán y el coraje de Camila Vallejo



camara
 
Revuelo ha causado en la derecha chilena que durante el minuto de silencio en homenaje a Jaime Guzmán, dispuesto en la cámara de diputados el martes 2 de abril, la diputada comunista Camila Vallejo no se haya puesto de pie. 
 
Yo aplaudo a la diputada, porque su actitud rompe con la hipocresía pública nacional. Ya basta de cinismos, eufemismos o de andar repitiendo como loros idioteces tales como: “es que hay que tener siempre actitud republicana en la honorable cámara de diputados”. Vallejo está en su derecho a no homenajear a quien no desee hacerlo, tan sencillo como eso. Es parte de su legítima libertad personal. 
 
Por otro lado, seamos claros y no se oculte la verdad histórica, Jaime Guzmán ha sido uno de los personajes más siniestros del país: golpista en 1973 y cómplice de las violaciones a los derechos humanos y del genocidio tras el golpe de Estado; es decir, un tipo que de vivir debería haber sido juzgado tal como debería serlo Agustín Edwards y tantos civiles más que colaboraron con los militares golpistas. 
 
Pedir que los comunistas homenajeen a Jaime Guzmán es tan absurdo como pedir a los judíos que rindan homenaje a Joseph Goebbels. Respecto al detalle de las opiniones vertidas por miembros de la UDI y RN ni siquiera vale la pena considerarlas, menos las de enajenados con tribuna pública.
 
 PD: Sobre los diputados Teillier, Nuñez, Cariola, etcétera, puestos en la misma situación que Vallejo, sólo expresar, como seguramente habría dicho el legendario Enano Maldito en el Puro Chile, haciéndolos además acreedores del Huevo de Oro: “es que ellos son republicanos pues hombriiiiiiii ¡!!!”
 
Por Alejandro Lavquén
 
 

Venezuela: ¿Por qué en las comunidades afrodescendientes no hay guarimba?

Jesus Chucho Garcia

En estos 15 años de Proceso Bolivariano, las y los afrodescendientes del país han tenido, como nunca en la historia, una dignificación histórica sin precedentes en Venezuela. El proceso de transformación social de Venezuela, que se viene experimentando desde hace quince años, no ha sido sólo económico, aun con todas su fallas, sino también ha sido un proceso de participacion político de lso estructuralmente excluidos, donde el presidente Chávez hizo su papel esencial ideológico como líder de esta opción humana, solidaria y participativa.

Barlovento, Farriar, Sur
del Lago… no es Altamira


Las comunidades afrodescendientes de Venezuela se han beneficiados a lo largo de estos 15 años, como nunca antes se había vivido en los procesos sociales políticos anteriores. Antes, las tierras de las comunidades afro estaban en manos de los latifundista y burguesía agraria. Unos de los casos más fuertes de discriminación agrícola fue reflejado en el Municipio Farriar, donde cubanos batisteros con apoyo de los gobiernos de turno de la democracia representativa, despojaron a miles de hectáreas ancestrales a los afrodescendientes de las comunidades Cañizos Palo Quemao, Farriar, Palmarejo y El Chino. Varios testigos nos expresaron que los cubanos batisteros contrataban a bandas armadas que acosaban en las noches a los habitantes de estas comunidades, amenazándolas y quemándoles sus cultivos de cañas. Eso trajo persecuciones y hasta un joven fue asesinado cuando salieron a protestar por esta situación.

Al llegar Chávez al poder, en un “Alo Presidente” que se realizó en Palmarejo en enero del 2004, donde se autoreconció como afrodescendiente, entregó más de 11 mil hectáreas, créditos para el cultivo y decretó esas tierras como comuneras de las y los afrodescendientes de Yaracuy. En otras palabras, se expropió  a la "sacrocracia" (dueños de los cultivos de cañas) en defensa a los historicamente desamparados.

Asimismo, en la subregión de Barlovento, miles de hectáreasque  estaban en manos de la cacaocracia (grandes cacaos) que habían convertido a nuestros abuelos en una “C” de tanto doblar el lomo para acumular las riquezas de los dueños de haciendas de cacao, u otros barloventeños quienes tenían a duras penas sus hacienditas les pagaban la fanega de cacao a precios cien veces por debajo del valor real. Hoy en Barlovento se experimenta con las empresas socialistas del cacao y las chocolateras para trabajar los derivados del cacao una experiancia donde el cacao ya noe s simbolo de explotacion y esclavitud...sino simbolo de liberación. Los seis municipios autónomos de Barlovento han votado a favor de la esperanza bolivariana en mas de 19 contiendas electorales a favor del proceso bolivariano.

En el Sur del Lago de Maracaibo: Bobures, Gibraltar, El Batey, y San José de Heras apostaron a un cambio sustancial para erradicar el latifundio de grandes cañaverales en manos de los Brillemburg. Por eso no ocurren “guarimbas” como sí pasa en Altamira o en las zonas de las clases altas y burguesas de Caracas y algunas ciudades del interior del país, donde habitan los viejos explotadores de nuestras tierras. Las y los afrodescendientes del país han logrado como nunca una dignificación sin precedentes en la historia de Venezuela.

Los dioses están con
la paz y la dignidad


Vía Internet hicimos algunas consultas sobre los intentos permanentes de desestabilización en nuestros país: La Juventud Revolucionaria Afrodescendiente (JARAV) que dirige Freddy “Pollito” Blanco ha sido contundente contra el “alboroto” que esta formando la burguesía para regresar al poder. “Ya hemos expuesto nuestra posición pública ante la alteración racista y fascista. Hemos participado activamente en las movilizaciones realizadas en Barlovento así como las convocadas a nivel nacional y sobre todo del Ministerio de la Juventud”.
El pastor de la Iglesia evangélica La Voz de Dios, de San José de Barlovento, Baltazar Sierra nos expresó vía Internet: Chucho, Dios quiere la paz, no quiere mas violencia generada por un sector anárquico de nuestra sociedad… es necesario consolidar los avances de nuestro Barlovento dejados por el presidente Chávez. Los evangélicos somos gente de paz… pedimos a los violentos que se controlen, pues difícilmente tendrán después paz en sus almas ante el daño que le están haciendo al país”.

Desde Yaracuy, Williams Sequera y Gustavo Suárez dicen que “el descontrol de un sector de la oposición los está llevando a encerrase a ellos mismos… les pedimos que se vengan a consultar en la montaña de María Lionza para sacarle esos espíritus racistas, terroríficos e imperialista”.

CHU-CHE-RÍAS
*** Me comenta la directora de la Galería de Arte Nacional, que nuestro documental “Por aquí pasó Chávez”, exhibido el domingo pasado en la Biblioteca Nacional, fue todo un éxito. El día 2 de mayo será lanzado regionalmente a través de AfroTv que saldrá al aire ese día.
*** La licenciada Ana Parata ante unas críticas que hizo sobre la inoperancia del Consejo Nacional de Comunidades Afro… fue amenazada telefónicamente… así no se procede… ella llevará esas amenazas por la vía jurídicas institucionales.
*** La Fundación Hugo Chávez Frías de la República de Mali prepara el Festival Afrolatinoamericano de Juventudes en homenaje a Hugo Chávez.