viernes, 16 de mayo de 2014

Ecuador: Fundación de mujeres critica nuevas trabas al asociacionismo

La coordinadora general de la Fundación Feminista Ecuatoriana Yerbabuena, Johanna Izurieta, criticó hoy, 14 de mayo, en declaraciones a Efe en Madrid el decreto que modifica las condiciones para el asociacionismo en Ecuador.

"Nos planteamos cómo ser sostenibles y cómo salir adelante cuando existe un Decreto Ejecutivo 16 que perjudica a las organizaciones sociales y las pone cada vez más trabas", dijo Izurieta.

Añadió que hay un "panorama poco alentador" en el país para el asociacionismo, especialmente tras la prohibición hace unos meses de la Fundación Pachamama, defensora de los derechos de los indígenas.

Izurieta se encuentra en Madrid como parte de una delegación de Mujeres Populares y Diversas de Ecuador, Colombia, Perú y Brasil, invitadas por la ONG Oxfam Intermón para participar en un encuentro de organizaciones de mujeres.

La activista lamentó que los recortes en la cooperación española hayan reducido las colaboraciones entre instituciones de España y organizaciones de Ecuador.

Por otra parte, Izurieta destacó como puntos claves del trabajo de la Fundación Yerbabuena el fortalecimiento de las organizaciones comunitarias y el desarrollo local.

 "Es un trabajo que hacemos con las organizaciones de mujeres de base, intentamos facilitarles sus iniciativas", explicó.

También señaló que el trabajo de la fundación aborda las especificidades de muchos colectivos, entre ellos los transexuales, que, según destacó, "han sido de los colectivos más marginados, y son uno de los ejes del trabajo intercultural que realizamos".

Además de su trabajo en la Fundación Yerbabuena, Izurieta es directora provincial del movimiento político ecuatoriano Ruptura 25 en la provincia de Guayes, y forma parte de su Comité Ejecutivo a nivel nacional.

El movimiento se encuentra "planeando la agenda programática de cara a las presidenciales de 2017", dijo Izurieta, en la que tendrán un lugar destacado la agenda feminista y las propuestas de descentralización.

 Izurieta denunció que, después del distanciamiento de Ruptura 25 del Gobierno del presidente Rafael Correa, este "definitivamente perdió todas las composturas de género que le quedaban, que no eran muchas".



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Movimento Munduruku Ipereg Ayu exige apuração de violencia em Jacareacanga

Após ataques a 20 integrantes ocorridos nesta quarta, 14, o movimento denuncia que indígenas sofrem ameaças e têm sido vítimas de racismo

Publicado em 15 de maio de 2014 
 
O Movimento Munduruku Ipereg Ayu, principal organização de representação e resistência dos indígenas Munduruku da bacia do Tapajós, publicou nesta quinta, 15, novo documento sobre a situação de tensão que tem acirrado os conflitos na região. Na quarta, cerca de 500 garimpeiros, comerciantes e membros do Poder Público de Jacareacanga (PA) atacaram 20 Munduruku do movimento com rojões e bombas de gás, em retaliação às manifestações pela recontratação de 70 professores indígenas demitidos pela prefeitura em fevereiro passado.
Acionado, o Ministério Público Federal (MPF) enviou ofícios à Delegacia da Polícia Federal em Santarém e ao Comando Geral da Polícia Militar, em Belém, solicitando atenção para situação de tensão em Jacareacanga.
 
No documento divulgado hoje, além de conclamarem as autoridades para investigar os ataques contra 20 de seus membros, os integrantes do movimento Ipereg Ayu divulgaram a decisão da assembleia geral Munduruku de extinguir a Associação Pusuru, antiga representação dos indígenas, em função do que consideram uma série de desvios de conduta, citando inclusive a polêmica tentativa de acordo com a multinacional Celestial Green para venda de créditos de Carbono em 2012.
 
Josias Munduruku, chefe dos guerreiros, também negou, em entrevista ao Xingu Vivo, que os indígenas atearam fogo à casa de apoio dos professores, como divulgado ontem pela polícia. “Isso não é os guerreiros que fizeram não, isso é armação de gente do poder local.  Os guerreiros não fariam uma coisa dessas. Pra que queimar a casa dos professores? Não faz nenhum sentido”, afirmou.
 
Leia abaixo a íntegra da carta:

 
À Sociedade Brasileira e aos governantes do País
Nós, Movimento Munduruku Ipereg Ayu, viemos declarar que:

- A luta do movimento Ipereg Ayu não é contra a população de Jacareacanga. Todas as nossas manifestações são para garantir os direitos dos povos indígenas e da humanidade. Todos sabem que somos contra os grandes projetos de morte do governo para a Amazônia, e não negociamos os nossos direitos.

- Desde o dia 13 de maio, estamos sofrendo ameaças, ataques de bombas e rojões, sendo hospitalizados, com manifestações violentas e racistas. Já denunciamos para a Funai, MPF, Policia Federal, Secretaria de Segurança

- A nossa reivindicação é para recontratação imediata dos 70 professores indígenas que foram demitidos de forma arbitrária, deixando nossas crianças sem aulas em inúmeras aldeias

- Desde que nós fizemos a fiscalização do garimpo no nosso território, e retiramos os não indígenas do território, estamos sofrendo mais represálias, pois estas pessoas eram ligadas ao poder local.

- O delegado municipal nos acusa de ter colocado fogo na casa de apoio dos professores, sem nenhuma prova

- Temos certeza de que não é a população de Jacareacanga que está se manifestando contra o povo Munduruku, mas sim grupos econômicos ligados ao garimpo, ligados à prefeitura, que só usam os indígenas para explorar as riquezas do território e a sua mão de obra.

- Desde agosto de 2013, já denunciamos que o prefeito Raulien Queiroz do PT apoiou o golpe que políticos profissionais deram na Associação Pusuru. Por isso, na II Assembléia na aldeia Restinga, resolvemos acabar com esta associação que não nos representa porque já tentou negociar o crédito de carbono, liberou a entrada dos garimpeiros não índios no nosso território, e agora está tentando negociar as barragens. 
 
Exigimos que as autoridades brasileiras investiguem os últimos acontecimentos que ocorreram em Jacareacanga contra os povos indígenas, e responsabilizamos o governo brasileiro por qualquer tragédia que ocorrer.
Finalizamos esta carta e pedimos muito apoio da sociedade brasileira
 
Movimento Munduruku Ipereg Ayu
Jacareacanga, 15.05.2015

Fonte: http://www.xinguvivo.org.br/2014/05/15/movimento-munduruku-exige-apuracao-de-violencia-em-jacareacanga-pa/ç