lunes, 23 de mayo de 2011

Fortalecer a luta antiimperialista, denunciar a reinvenção do mito da “democracia racial” e unificar forças em torno de um movimento negro combativo,


A eleição de Obama, imperialismo, neocolonialismo e resistência popular.

1. A eleição de Barack Obama à frente do bloco de poder imperial gerou expectativas contraditórias aos lutadores da causa do proletariado, dos movimentos populares, sociais e das forças progressistas, reformistas radicais e revolucionárias. Para um setor, tratava-se apenas de um estratagema das elites do poder imperiais para manter sua legitimidade e influência no cenário político mundial: a eleição de um presidente democrata e negro seria uma forma de amenizar a forte consciência antiimperialista e o movimento antiamericano que se espraiara no mundo após oito anos do governo no republicano George W. Bush. Para outro setor, a expectativa era de que Obama, uma vez a frente do poder, cumprisse suas promessas de campanha na esteira da mobilização social e política que levou a sua eleição. Dentre estas promessas, estariam: a) a mudança de rumos em relação a política beligerante de Bush em relação ao Iraque e Afeganistão; b) a defesa dos direitos humanos (o que passaria pelo fechamento da prisão de militar de Guantánamo); c) mudança na política econômica (no sentido de um maior intervencionismo estatal e da defesa dos direitos sociais); e, por fim, d) uma mudança de relação aos países da América Latina, estreitando os esforços diplomáticos e amenizando os efeitos das hostilizações aos governos de Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador. Contraditoriamente, alimentou-se que a esperança de que a eleição do primeiro presidente negro ao governo do Império tivesse um efeito catalisador às lutas dos africano-americanos por direitos civis e igualdade racial. Longe disso, os indicadores sociais da população africano-americana (junto com a hispânica) atestam que foi ela a mais atingida pela crise econômica. A expectativa de uma sociedade pós-racial – com a eleição de Obama – cedeu lugar a decepção com um governo que mantém intocado um dos pilares da partilha imperialista do mundo: o racismo.

2. Neste sentido, não apenas Iraque e Afeganistão continuam ocupados por tropas ianques como o imperialismo ampliou o seu raio de incursão, agora, na Líbia (através da OTAN, consórcio militar das potências imperialistas). O atual ciclo de revoltas no norte da África e no Oriente Médio – iniciado pelas revoltas na Tunísia e no Egito – representa o repúdio popular às lideranças políticas títeres do domínio estadunidense na região, o desgaste de ditaduras e monarquias encasteladas no poder há décadas com o apoio militar e financeiro dos Estados Unidos. Este ciclo de revoltas ainda não avançou para a região do planeta onde o domínio imperialista é mais hegemônico: a África Subsahariana. No caso da Líbia, a revolta popular contra Kadafi e a guerra civil constituiu-se em cenário privilegiado para que as potências imperialistas ocidentais desferissem um duplo golpe no norte da África: barrar a radicalidade da luta contra o regime autoritário de Kadafi e retomar sua influência na região. A “zona de exclusão aérea”, por sua vez, não foi suficiente para destruir as forças de Kadafi por terra o que torna o apoio armamentista aos rebeldes uma necessidade para fazer avançar a pilhagem imperialista. A complexidade política da Líbia mostra que o imperialismo refinou suas artimanhas e consegue moldar-se a situações concretas retirando delas todas as benesses políticas e econômicas e deixando por onde passa o seu rastro de destruição, morte e pobreza.

3. Após o ciclo de lutas por independência e libertação nacional, nos anos 50, 60, 70 e 80, os países imperialistas refinaram seus mecanismos de controle da África Subsahariana estimulando a formação de classes dirigentes dóceis aos seus acordos comerciais (com suas contrapartidas econômicas), a guerra civil e as hostilidades entre povos e nações. Ditaduras aliadas dos países imperialistas são apoiadas e suas atrocidades contra adversários e a população civil não merecem a atenção dos meios de comunicação de massa sob hegemonia da classe capitalista. Por outro lado, governos democráticos, com compromisso com reformas radicais em favor do povo africano, são objeto de hostilizações e pedidos de intervenção em nome da “ajuda humanitária”. Um episódio da agressividade da política externa das potências imperialistas ocorreu recentemente na Costa do Marfim, em que forças especiais francesas, infiltraram-se em território marfinense para “depor” o ex-presidente Laurent Gbagbo. Na África do Sul, o Congresso Nacional Africano (CNA), partido que foi o representante mais avançado na luta contra o apartheid e o imperialismo, integrou-se ao bloco de poder dominante da mesma forma que o PT (Partido dos Trabalhadores), no Brasil. O ciclo de reformas neoliberais iniciado por Nelson Mandela beneficiou a minoria branca em detrimento da maioria negra, não obstante os consistentes avanços em termos de representação política e direitos civis. Como reflexo do rebaixamento programático do CNA e sua adesão ao bloco de poder dominante, o país mais desenvolvido da África, elegeu o demagogo machista Jacob Zuma a presidência da república.

4. Desta maneira, devemos estar à frente no combate ao imperialismo e neocolonialismo! A política do Império norte-americano só será enfrentada através de um longo ciclo de lutas populares, da formação de uma nova vanguarda social combativa surgida das lutas, a construção de alianças entre amplos setores do movimento progressista, de trabalhadores, negros e indígenas e a disputa pelo poder político calcado em um programa radical de reformas populares que tenha, em sua centralidade, a luta contra o imperialismo e o neocolonialismo. Nós, revolucionários palmarinos, entendemos ainda que a cooperação internacional entre os países da periferia capitalista – em que o neocolonialismo defronta-se como um limite fundamental ao desenvolvimento pleno destas nações – deve ir além dos acordos comerciais (como fez Lula com o BRICS e o MERCOSUL) ou da inserção na atual geopolítica militar (com o pleito de brasileiro de uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU). Neste sentido, apoiamos projetos regionais autônomos e contra-hegemônicos como a Alternativa Bolivariana das América (ALBA) e o reconhecimento da importância da OUA (Organização da União Africana) na mediação e resolução dos conflitos naquele continente sem a necessidade de intervenção militar das potências imperialistas.

Governo Lula-Dilma: Sociedade civil, hegemonia burguesa e os limites do “antiracismo de resultados”.

5. O Governo Dilma é uma continuidade das políticas públicas do governo Lula. No entanto, uma maior aproximação com o governo Obama faz com que as declarações da presidenta se coloquem numa posição mais conservadora. Em outros termos, Dilma – neste primeiro ano de governo – ao mesmo tempo em que mantém e radicaliza os pressupostos econômicos neoliberais (aumento do superávit e cortes em investimentos públicos) procura se aproximar dos Estados Unidos e apresentar-se como uma alternativa a crescente radicalização dos processos democráticos populares em curso da Venezuela, Bolívia e Equador e a neutralizar a força e resistência da Revolução Cubana. A recente visita de Obama ao Brasil é reflexo direto da importância que ganhou o Brasil como um país que – do ponto de vista do Império – dá maior “estabilidade” ao continente.

6- No atual momento da história brasileira, a burguesia, os racistas e capitalistas mantém sob controle o sistema partidário e as diferenças entre os partidos políticos que rivalizam na cena política nacional deixou de ser fundamentada em programas e ideologias. Hoje vivemos uma República em que a alternância de chefetes partidários, lideranças locais e regionais, antigas e novas raposas da política brasileira, disputam o controle do aparato estatal dispensando para isso as diferenças ideológicas e acomodando-se ao consenso neoliberal. Em suma, o bloco de poder hegemônico constitui-se hoje pelo somatório de partidos tradicionais, partidos originalmente de esquerda e conseguiu ramificar-se nos setores populares da sociedade civil. Logo, há um aperfeiçoamento da hegemonia burguesa, seus mecanismos tornaram-se mais complexos, o campo de aliados ao seu projeto aumentou, enfim, este é um cenário de derrota e desacumulo políticos aos trabalhadores, o povo e os movimentos sociais combativos.

7. No movimento negro, o ciclo de luta dos anos 70 e 80 – marcado por uma forte aliança com setores democráticos e populares – se esfumaçou na década de 90 com a crescente institucionalização e burocratização das entidades e lideranças negras. No Brasil e na Colômbia, as lideranças do movimento negro deslocaram-se da denúncia do racismo a implementação de políticas públicas que, por sua vez, não conseguiram afetar a globalidade do projeto políticos das elites. Apesar dos avanços – no que diz respeito a ações afirmativas e as políticas públicas de igualdade racial – a luta contra o racismo ganhou gradativamente um papel secundário. Por sua vez, reivindicações e pautas que representassem uma confrontação direta com o estado burguês e racista – a exemplo do extermínio da juventude negra – foram deixadas de lado. As lutas populares, o sofrimento do povo negro como classe trabalhadora, os processos de favelização e exploração da população afro-descendente deixaram de figurar entre as bandeiras do movimento. Em pouco tempo, a liderança do movimento negro constituiu-se um uma diminuta elite negra, com frágeis laços com a população afrodescendente, baixo compromisso ideológico com um programa de reformas estruturais e que privilegia como espaço de atuação as ONG´s, universidades e a institucionalidade burguesa.

8. Esta estratégia se rendeu bons frutos e visibilidade a esta elite negra e, por outro lado, logrou colocar na pauta política nacional as políticas de ação afirmativa e de promoção da igualdade racial, por outro lado, secundarizou a importância de reformas estruturais, de rupturas, do combate ideológico e do enfrentamento ao imperialismo e adotou uma política de “melhorismo”. Do ponto de vista do Círculo Palmarino, os resultados desta estratégia que hegemoniza amplos setores do movimento negro foram desastrosos: a) contribuíram a elitização das entidades do movimento negro e o seu distanciamento das lutas populares; b) levaram a um refluxo das mobilizações no meio negro e desestimularam a formação de novas lideranças; c) limitaram ou tornaram inócuos os efeitos de leis, programas e projetos aprovados no sentido de promover políticas públicas à população negra; d) contribuiu para a reinvenção e aperfeiçoamento do mito da democracia racial; e) ao retirar a centralidade da luta contra o racismo, permitiu que este ressurgisse com força nos últimos anos.

9. A maior derrota do movimento negro nos últimos trinta anos foi a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. Lideranças do movimento negro, ligadas ou não a partidos políticos, investiram na negociação de bastidores com as forças reacionárias do Congresso Nacional em detrimento da luta e da mobilização (possível e necessária). Sem ser prioridade para o Governo Lula e o PT, a aprovação do Estatuto teve como finalidade produzir um efeito eleitoral de beneficiar a candidata Dilma. Contraditoriamente, nenhum dos principais candidatos a presidência (Serra, Dilma ou Marina) – a exceção de Plínio, do PSOL – fizeram referência a questão racial durante suas campanhas. Isto demonstra que a acomodação destas elites negras nos espaços de poder tornou-se, senão um obstáculo, um ponto de fragilização da luta contra o racismo.

10. A indicação de Luiza Barrios a SEPPIR não representa nenhuma mudança de fundo neste cenário. Ao contrário, o encastelamento de um setor da intelectualidade negra nas estruturas de poder tem como efeito apenas a radicalização desta fratura entre as aspirações do negro-povo e da elite negra. Ao movimento negro de lutas é momento de redefinir nossas estratégias, recuperar bandeiras e reivindicações abandonadas pela crescente institucionalização de setores do meio negro e apostar num ciclo de lutas, mobilizações e ações diretas. A crença de que conseguiremos conquistas apenas na arena institucional não coaduna com a realidade dos fatos. É necessário fortalecer nossas entidades, reafirmar sua autonomia frente a governos e partidos políticos, formar novos militantes e iniciar um ciclo de lutas que acumule para a formação de uma nova vanguarda social combativa que tornem efetivas as conquistas que alcançamos nos últimos trinta anos.

A reinvenção do mito da “democracia racial” em tempos de conservadorismo político.

11- No Brasil, como já não é possível negar a existência das assimetrias entre as posições sociais ocupadas por negros e brancos, está em processo no Brasil uma sofisticação do discurso da democracia racial. A ideia de que há ascensão de uma pequena parcela da população negra é expressiva e inexorável contribuiu para naturalizar a ideia de que o racismo está diminuindo. Logo, ocorre a reinvenção do mito da democracia racial, a construção de novos discursos simbólicos sobre a ascensão do negro e a sofisticação das formas de dominação racial. Isso mostra o limite da pauta das “ações afirmativas”. Só a ocupação de espaços não significa uma mudança concreta nas condições de nosso povo. É necessário imprimir a elas um sentido de ruptura, de transformação radical das estruturas de poder. O sistema capitalista, através do mercado e de seus aparelhos ideológicos, caracteriza-se por sua capacidade de absorver as demandas e adaptá-las.

12- A sofisticação do discurso da “democracia racial” coaduna-se, por outro lado, com um maior conservadorismo entre setores da elite. O efeito de que os negros estão ascendendo socialmente é duplo: entre os setores mais conservadores, a ideia de que é preciso reeditar o núcleo duro do pensamento racista de direita baseado na meritocracia, na distinção de classe e de raça e na monopolização de uma cultura “erudita” e “superior”, de matriz eurocêntrica; por outro, o sentimento de que o racismo está sendo enfrentado e é coisa do passado, leva com que se sintam mais a vontade em exprimir sua aversão à cultura africana e a possibilidade de interação e o contato direto com afrodescendentes. As declarações do deputado neonazista Jair Bolsonaro (PP-RJ) e do Pastor Márcio Feliciano (PSC-SP) são apenas o epicentro de um processo que tem raízes mais profundas: a reinvenção da democracia racial e a interdição do debate sobre “raças” (no sentido político do termo) para o qual contribuem – não apenas as políticas de ação afirmativa – mas o aumento do consumo entre setores da classe C (na qual os afrodescendentes somos majoritários) revelam que o “anti-racismo de resultados” (ao não apontar para rupturas estruturais) apenas redefine e opera nos limites deste discurso que – manipulado pelas elites – tem caráter conservador.

13- Observa-se, por sua vez, que a reação do meio negro é menor do que a necessária para fazer frente a este processo. Com isso, concluímos que os efeitos da institucionalização do movimento negro vem causado um retrocesso ao patamar da luta contra o racismo no Brasil hoje. Esta institucionalização do movimento negro, e a visibilização de uma “elite negra” (geralmente intelectuais, com formação superior e transito em circuitos internacionais) combina-se com uma realidade extremamente perversa colocada para a população negra (recrudescimento da violência, precarização das relações de trabalho, favelização, pauperização). Este “silêncio” entre setores do movimento negro remete-nos a um discurso que se vangloria dos espaços institucionais ocupados (seja em âmbito local, regional, nacional ou internacional). No limite esta postura de “elite negra” – alavancados pelos avanços que o povo negro, como um todo, construiu em mais de 500 anos de luta – é linha auxiliar da direita (pensada, nos dias de hoje, no amplo espectro partidário que engloba a “nova” – PT – e “velha” – PSDB e DEM – direita).

14 – O atual cenário de estabilidade econômica começa a dar seus primeiros sinais de fragilidade. O ciclo desenvolvimentista e de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – para o qual é determinante o ambiente externo favorável aos países subdesenvolvidos – já dá sinais de arrefecimento o que forçará a presidente Dilma a desencadear um conjunto de reformas aprofundando o receituário neoliberal. O contingenciamento de recursos anunciado nos primeiros dias de governo, a brutal retração do investimento nas áreas sociais, é uma tentativa de manter estabilizados os indicadores macro-econômicos o que, por sua vez, terá como reflexo reduzir o atual ritmo de crescimento (em função do aumento da inflação) e tornar o cenário ainda mais favorável para especuladores e banqueiros. No longo prazo, o processo de “direitização” da Dilma será inevitável, pois para manter o projeto global de Lula, no campo macroeconômico, ela precisará dar uma “ajustada na casa” com cortes orçamentários ainda mais profundos na área social para favorecer banqueiros, especuladores e burgueses.

15- Do ponto de vista político-partidário, o que beneficia o bloco de poder de Dilma-PT é a fragilidade da oposição de direita (conservadora) e o caráter fragmentário – além de sua pouca expressão social – dos partidos de esquerda como PSOL, PCB e PSTU e dos movimentos sociais combativos (seja no meio sindical, nos movimentos sociais e populares). O processo de reorganização da esquerda socialista, revolucionária, nacionalista e democrática radical será lento e dependerá de um novo ciclo de lutas para o qual contribuirão tanto a dinâmica das relações e das lutas entre os grupos que compõe o bloco dominante de poder; as movimentações da oposição de direita; a capacidade dos partidos de esquerda (PSOL, PCB e PSTU) se constituir como um “centro” partidário deste processo de organização; e – sobretudo – a gradativa unificação das revindicações e processos de enfrentamento dos setores e lideranças que estão em luta contra a ordem dominante. Vivemos, portanto, um cenário de derrota política à classe trabalhadora, ao povo negro e aos movimentos sociais – sentida de forma desigual entre estes setores – e que significa um processo de longo acúmulo de forças para que os movimentos sociais e a esquerda socialista possam retomar seu protagonismo na arena política.

16- Para o movimento social negro (incluindo o movimento quilombola) está o desafio de retomar a arena da luta política direta, sem intermediários, pois um dos efeitos mais deletérios da institucionalização do movimento negro para a luta concreta da questão racial no Brasil é o seu imobilismo. A luta contra o genocídio da juventude negra, por exemplo, faz com que os setores mais avançados da luta antiracista procurem “aliados” em outros movimentos (moradia, direitos humanos) pela dificuldade das demais entidades do movimento negro em abraçar estas lutas. Logo, para a formação de uma nova vanguarda social combativa é necessário uma rearticulação do movimento social negro, de uma perspectiva combativa, que deve ocorrer levando em consideração os seguintes elementos: 1- aprofundar o debate sobre nossa relação com a institucionalidade burguesa, compreendo que este não é um “espaço neutro”, mas em disputa entre frações da classe burguesa (latifundiários, empresários, políticos e elites políticas dirigentes) na qual a relação dos movimentos populares e negro é sempre contraditória e marcada por uma profunda disputa material e simbólica; 2-que a relação entre os militantes do movimento negro que atuam em partidos políticos deve se basear numa atitude altiva, em que as bandeiras e reivindicações do movimento não sejam rebaixadas por uma necessidade de “movimentação” e “sobrevivência” no interior do aparato partidário; 3- o combate ao “apoliticismo”, “anticomunismo” e “antisocialismo” de setores movimento negro que rejeitam o debate ideológico - circunscrevendo a luta racial a uma luta setorizada - e a necessidade de reformas estruturais que a um só tempo sinalizem no sentido de combater o racismo e romper com a ordem dominante; 4- estender a rede de relações internacionais do movimento negro para além dos Estados Unidos, incluindo um maior intercâmbio com os países da América Latina, Caribe e África; 4-colocar no centro de nossa discussão a necessidade de construirmos instrumentos amplos e pluripartidários de unificação dos setores combativos do movimento social negro e superar as práticas hegemonistas e imobilistas que são dominante em nosso meio hoje.

São Paulo, 16 e 17 de abril de 2011.

Executiva Nacional do Círculo Palmarino.

Círculo Palmarino – 5 anos de luta, 500 anos de resistência!!!



Los transgénicos retroceden en Europa y Latinoamérica, pero avanzan en Africa


El informe “¿Quién se beneficia de los cultivos transgénicos” demuestra que apenas el 0,06% de los campos europeos se cultivan con transgénicos, un descenso del 23% desde 2008. Siete estados miembro de la Unión Europea prohíben el cultivo del maíz transgénico de Monsanto por las cada vez mayores evidencias sobre sus impactos ambientales y socioeconómicos, así como sobre sus incertidumbres en la salud. Tres países han prohibido el cultivo de la patata transgénica de BASF por precauciones sanitarias inmediatamente después de ser aprobado su cultivo en la primavera de 2010, y cinco miembros más han llevado a la Comisión Europea ante los tribunales por su autorización. La oposición pública a los alimentos y cultivos transgénicos se ha incrementado hasta el 61%.

Incluso los países que más han apostado por los cultivos transgénicos en América Latina se han visto forzados a tomar pasos para mitigar sus impactos negativos sobre la agricultura, la ciudadanía y el medio ambiente. El Gobierno brasileño ha lanzado un programa de soja libre de transgénicos para facilitar a los agricultores el acceso a semillas de soja no modificadas genéticamente; en Argentina, nuevas evidencias científicas muestran los graves impactos sobre la salud del herbicida Glifosato, utilizado en la inmensa mayoría de los cultivos transgénicos del mundo, lo que ha conducido a la prohibición de la fumigación cerca de los núcleos de población, y en Uruguay, cada vez son más las administraciones locales que se declaran libres de transgénicos.

El informe de Amigos de la Tierra demuestra a su vez que:

-Una nueva generación de cultivos transgénicos diseñados para promover el uso de peligrosos pesticidas como Dicamba y el 2-4 D están listos para su liberación en EE.UU. Las multinacionales biotecnológicas los están promoviendo como la solución al fracaso de los transgénicos actuales para controlar las malas hierbas y reducir el uso de pesticidas.

-La industria de los transgénicos, con el apoyo del Gobierno de EE.UU., buscan nuevos mercados en África en un intento de subir su cuota de negocio. La Fundación Gates, que invierte miles de millones de dólares en proyectos agrícolas en África ha comprado acciones de Monsanto, manifestando su interés directo en maximizar los beneficios de la industria de los transgénicos y no en proteger los intereses del pequeño campesinado africano.

Así que por una parte las buenas noticias, y esperemos que no sea tarde, de que en Europa van prohibiéndose estos cultivos nocivos. Que América Latina comienza a despertar del mito transgénico. Y por otra que estas compañías siguen utilizando la excusa del hambre para trasladarse en este caso a África; lo que no queremos por aquí lo venden en países con menores regulaciones, con gobiernos ansiosos de nuevas inversiones (a cualquier precio) y con poblaciones menos informadas de la que se les viene encima.

Las alternativas pasan por informarse bien sobre qué productos de la cesta de compra contiene trasngénicos pues en Europa es obligatorio etiquetarlos. Pero sobre todo por pasarnos de la comida convencional (muchos alimentos, con la ley en la mano, no tienen que ser etiquetados aunque contengan trazas de transgénicos) a la ecológica, que está certificada por organismos de control. Es necesario crear cooperativas de consumo ecológico, expandir iniciativas como por ejemplo la de EnterBio (de la que ya hemos escrito en estas páginas), apoyar (apoyarnos) en el sector ecológico. Cuanto más crezca este más ganaremos en salud y en cuidado de la tierra pues la especulación con los alimentos nos pasa factura. www.ecoportal.net

"Colonialidad del poder" y dinámica racial - Ramón Grosfoguel


Notas para la reintrepretación de los latino-caribeños en Nueva York

En los últimos quince años, la rúbrica de la identidad "latina" ha sido usada para apoyar la educación bilingüe, las demandas culturales, los derechos de los inmigrantes y para oponerse a la brutalidad policíaca. El término "latino" ha sido usado como una alternativa a "hispano", porque este último es percibido como una identidad colonial impuesta por los grupos anglos dominantes en Estados Unidos.

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Ramón Grosfoguel

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Europa firma su primera legislación común contra la violencia machista


Estambul, 11 may (EFE).- Los 47 Estados miembros del Consejo de Europa presentaron hoy para su firma el primer convenio de lucha contra la violencia machista, un instrumento que pretende equiparar las legislaciones en esta materia de todo el continente.

El texto del "Convenio europeo para la lucha contra la violencia doméstica y hacia la mujer y su prevención" se ha negociado durante el último año y medio y hoy fue firmado por los primeros 20 Estados en la reunión del Consejo de Europa en Estambul, entre ellos España.

Según los promotores, se prevé que "la inmensa mayoría de los Estados" ratifiquen el acuerdo en sus respectivos países y lo incorporen a su legislación nacional.

"Ha sido una tarea muy interesante y muy intensa porque, al concurrir tantos países, cada uno ha querido decir qué elementos quería incluir y cuáles eran sus límites", explicó la ministra española de Asuntos Exteriores, Trinidad Jiménez.

El convenio contiene 81 artículos que pretenden unificar las leyes en esta materia de todos los países que conforman el Consejo, menos El Vaticano, Bielorrusia, Kazajistán, y Estados no reconocidos como Kosovo, Abjasia, Osetia del Sur, Nagorno-Karabaj o la República Turca del Norte de Chipre y Transnistria.

El convenio prevé medidas contra la violencia física y sexual, los matrimonios forzosos, la ablación del clítoris y los crímenes de honor, además de hacer hincapié en los elementos de prevención y educación contra el sexismo.

Otro apartado importante es el que garantiza la protección y la defensa legal gratuita a las víctimas de la violencia machista y pide la institución de centros de apoyo a las víctimas.
"Parte del convenio está inspirado en la legislación española, sobre todo en aquellos capítulos que tienen que ver con la prevención y la educación", se congratuló Jiménez.

Para la ministra, la importancia de este convenio radica en que "supone un instrumento jurídico enormemente avanzado para luchar contra la violencia de género", algo que demuestra "el interés, la visibilidad y la importancia" que se le da a este tema.

Una vez que el texto sea ratificado por los países miembros, éstos deberán modificar sus legislaciones nacionales para incorporar el delito de "violencia de género" en los códigos penales propios y adaptar las leyes y reglamentos internos a las medidas de prevención y educación.

Según la ministra, la nueva legislación no bastará para acabar con el problema de la violencia machista en Europa, pero sí contribuirá al "cambio de mentalidad".

"Sabemos que los cambios legislativos van más rápido que los cambios sociales. Pero trabajando en el ámbito educativo, en el legislativo y en el penal, se pueden provocar los cambios sociales y culturales que se quieren lograr", dijo.

"Pasó lo mismo en nuestro país. Tuvimos una legislación enormemente avanzada, que se aprobó hace ahora casi ocho años, y, sin embargo, todavía se sigue produciendo violencia contra las mujeres", reconoció.

"Pero creemos que se han dado pasos importantes y que se está creando una conciencia social en contra de la violencia hacia las mujeres", aseguró.

El Consejo de Europa es también el autor de la Convención Europea de Derechos Humanos, un texto que articula el trabajo del Tribunal de Estrasburgo, aunque algunas organizaciones de derechos humanos critican que los Estados no lo cumplen completamente.

"El hecho de que exista una convención europea en materia de derechos humanos es una extraordinaria garantía. El que algunos países no cumplan con lo acordado, no significa que sea irrelevante el hecho de la existencia de la convención. Imagínense qué ocurriría si no existiese", opinó Jiménez.

Con el final de la sesión ministerial de hoy, concluyó también el mandato semestral de Turquía al frente del Consejo de Europa, que cedió el testigo a Ucrania.

El Consejo de Europa es una institución fundada en 1949 por las democracias occidentales aliadas para fomentar la cohesión europea de los aliados frente a la hoy extinta Unión Soviética.

Tras el fin de la Guerra Fría, su objetivo evolucionó hacia la defensa de los derechos humanos, la democracia y el Estado de derecho y el combate contra la discriminación, la xenofobia y el terrorismo.

Dinamarca fractura la Europa sin fronteras


La Europa sin fronteras empieza a resquebrajarse. Dinamarca anunció ayer por sorpresa que en cuestión de semanas volverá a realizar controles aduaneros. Aunque el Gobierno escandinavo subrayó que la decisión respeta la normativa del espacio Schengen, la UE adelantó que estudiará los detalles de la medida. La reinstalación de las aduanas responde a un acuerdo alcanzado por el Ejecutivo danés, que gobierna en minoría, con la extrema derecha del país a cambio de la aprobación de un ambicioso paquete de reformas.

Dinamarca dio a conocer su controvertida decisión apenas unas horas antes de que hoy se reúnan en Bruselas los ministros de Interior de la UE. Los representantes de los Veintisiete tratarán en su encuentro la propuesta de Francia e Italia de reforzar los controles fronterizos ante una avalancha migratoria. Todo apunta a que la iniciativa, respaldada por la Comisión, saldrá adelante, pero el movimiento del Gobierno danés es mucho más agresivo. Hasta ahora, los socios comunitarios habían debatido reinstaurar las aduanas en casos excepcionales y por un periodo de tiempo muy limitado.

Copenhague, sin embargo, ha ido mucho más allá. El ministro de Finanzas, Claus Hjort Frederiksen, anunció que los puestos fronterizos volverán a ser permanentes tanto en su límite con Alemania como en el espectacular puente Oresund -de casi ocho kilómetros- que llega hasta Suecia. El responsable económico del Ejecutivo desgranó incluso las distintas partidas presupuestarias que destinarán a la recuperación de las aduanas. Los controles, que podrían estar listos en apenas tres semanas, también se reforzarán en puertos y aeropuertos.

Frederiksen justifició la decisión por el aumento de la criminalidad en los últimos años. «Estas medidas están pensadas para frenar el incremento de los delitos transfronterizos», remarcó el ministro de Finanzas. Los controles, en principio, serán aleatorios y el Gobierno pretende instalar tanto escáneres como lectores de matrículas para agilizar el paso por las fronteras. La normativa de Schengen permite a un país reinstaurar las verificaciones de forma unilateral por razones de seguridad o ante grandes eventos como unos Juegos Olímpicos. Dinamarca, además, cuenta con un estatus de mayor flexibilidad dentro del área europea de libre circulación.

La andanada a Schengen se enmarca en un clima preelectoral en Dinamarca, donde la coalición conservadora gobierna desde 2001. El Ejecutivo, que se encuentra en minoría, intenta sacar adelante su ambicioso proyecto estrella que contempla retrasar la edad de jubilación para garantizar la estabilidad presupuestaria a largo plazo. El aliado natural del primer ministro Lars Lokke Rasmussen, que sustituyó al actual secretario general de la OTAN hace dos años, es el ultraderechista Partido Popular Danés (PPD). Esta formación ofrece apoyo parlamentario a la coalición gobernante desde que llegó al poder al principio de la pasada década.

Exigencia histórica

El Ejecutivo de Rasmussen se ha encontrado con importantes dificultades para sacar adelante su programa de reformas antes de las elecciones previstas en noviembre. Ante esta situación, optó por ceder ante una de las exigencias históricas de la formación populista y aceptó reintroducir los controles fronterizos. La carismática líder del PPD, Pia Kjaersgaard, celebró el acuerdo, aunque recordó que todavía no está garantizado su apoyo al plan del Gobierno. Según Kjaersgaard, que encabeza el tercer partido del país en porcentaje de voto con casi un 14% de los sufragios, las aduanas danesas volverán a ser como en los años ochenta.

El PPD se ha vendido caro en los últimos años. El Gobierno de conservadores y liberales ha tenido que ir restringiendo las leyes migratorias para no perder la estabilidad parlamentaria. Kjaersgaard, que ha cargado en numerosas ocasiones contra la islamización del país, llegó a reclamar a finales del año pasado la prohibición de los canales árabes porque dificultaban la integración de los inmigrantes.

Dinamarca, que cuenta con una población de 5,5 millones de habitantes y una tasa de paro por debajo del 8%, fue el primer país escandinavo en unirse a la UE en 1973. Pese a su inicial europeísmo, rechazó en referéndum abandonar la corona para sumarse al euro y no se unió a la zona Schengen hasta 2001, seis años después de que entrara en funcionamiento en el corazón del continente. Aunque varios países han reinstalado temporalmente sus fronteras en casos especiales, si Copenhague sigue adelante con su planes será el primer socio en levantar de nuevo sus aduanas.




Africa: Más de 1.100 violaciones diarias en RD Congo


WASHINGTON — Más de 1.100 mujeres son violadas diariamente en la República Democrática del Congo (RDC), con lo que la violencia sexual contra las mujeres es 26 veces más común de lo que se estimaba previamente, concluyó un estudio difundido el martes.

Más de 400.000 mujeres de 15 a 49 años fueron violadas en este vasto país del centro de Africa, devastado por la guerra, durante un período de 12 meses de 2006 a 2007, según el estudio publicado en el American Journal of Public Health. Eso es 26 veces más que las 15.000 mujeres que la ONU ha reportado como violadas durante los mismos doce meses.

"Nuestros resultados confirman que los cálculos previos de violación y abuso sexual son severas subestimaciones de la verdadera prevalencia de la violencia sexual que ocurre en la RDC", dijo Amber Peterman, principal autora del estudio.

"Incluso estas nuevas y más elevadas cifras representan una estimación conservadora de la verdadera prevalencia de la violencia sexual debido a la crónica falta de denuncias por el estigma, la vergüenza, la impunidad percibida y la exclusión de las menores y las mayores, así como los hombres", agregó.

El estudio no incluyó la violencia sexual contra niñas menores de 15 años o mujeres mayores de 49 ni tampoco la violencia sexual contra niños y hombres.



Perú: AIDESEP advierte que no aceptarán la Ley Forestal sin consulta a los pueblos indígenas


AIDESEP, 11 de mayo de 2011. Los Apus de las ocho organizaciones regionales y el Consejo Directivo de la AIDESEP, reunidos en la sede central de la organización, decidieron alertar a la opinión pública nacional e internacional que el Congreso de la República, a través de la Comisión Agraria, pretende imponer una Ley Forestal y de Fauna Silvestre sin la consulta a los pueblos indígenas como lo demandan las leyes internacionales.


Los dirigentes reunidos propusieron que las intenciones de aprobar la Ley Forestal debe dejarse al siguiente gobierno pues refrendarla hoy sería una criatura que nacerá sin padre pues el partido aprista, principal impulsor que esta ley salga como está, no tendría mayor respaldo pues el pueblo peruano castigó en las elecciones pasada a esta administración por aplicar una política a espaldas de los intereses nacionales.


En la reunión, los Apus determinaron que esta nueva Ley Forestal viola el Convenio 169 de la OIT y el anexo 18, sobre el tema ambiental, del TLC con EE.UU. y el único responsable de estos hechos es el gobierno que ha tenido más de dos años para discutir, consensuar y elaborar una ley honesta y prefirió dejarlo en manos del congresista aprista Aníbal Huerta para que salga lo que hoy pretenden aprobar: un remedo de ley que incumple todo.


Por eso decidieron, no seguirle el juego al gobierno con su supuesto proceso de consulta, exigir que la Comisión Agraria del Congreso retire el dictamen que está a punto de ser aprobado pues nada el impide al Parlamento hacerlo, incorporar las propuestas de los pueblos en el nuevo dictamen, promulgar –antes que nada- la Ley de Consulta.




Dilma Rousseff dice que Brasil es la séptima economía mundial


La presidenta brasileña, Dilma Rousseff, afirmó hoy que su país ya es la séptima economía mundial gracias "al sudor y la fuerza de quienes hicieron crecer a Brasil".

En la emisión de esta mañana de su programa radial semanal Café con la presidenta, Rousseff anunció además que el gobierno financiará becas al extranjero para la formación de profesionales.

"Si hoy somos la séptima economía del mundo eso lo debemos, en gran medida, al sudor y la fuerza de quienes hicieron crecer al país" declaró Rousseff, según recogió Ansa.

"Necesitamos mano de obra calificada para proseguir con este nuevo ciclo de desarrollo, con la calificación y formación del trabajador construiremos un país más rico, digno y sin pobreza" dijo, y prometió la construcción de 200 escuelas técnicas.

Luego afirmó que "no existe un solo país avanzado en ciencia y tecnología que no haya enviado a sus jóvenes a estudiar al exterior, hoy tenemos 5.000 estudiantes en el exterior" con financiamiento oficial.

"Queremos avanzar mucho, nuestro objetivo es conceder 75.000 becas hasta 2014", señaló la Presidenta, que esta semana volverá a desarrollar su agenda de trabajo en el Palacio del Planalto luego de haber permanecido recluída en su residencia oficial debido a una neumonía.



El déficit comercial de EEUU alcanza nuevos techos

WASHINGTON — El dólar débil acomoda a los exportadores estadounidenses y a los turistas que viajan a Estados Unidos, pero ello no impide que el déficit comercial de la primera economía mundial se incremente.

En marzo, este déficit subió a 48.200 millones de dólares. Desde la crisis financiera de 2008, que había hecho sumergir los intercambios comerciales de Estados Unidos, el saldo negativo había sido mayor solamente en junio de 2010 (49.900 millones).

Las causas son bien conocidas, una factura petrolera considerable, con un barril de crudo que no ha costado tan caro desde hace dos años y medio, e importaciones generosas. Los excedentes derivados de la agricultura y los servicios se encuentran lejos de poder compensar esta situación.

"El culpable del deterioro de la balanza comercial es el precio elevado del petróleo, y no las exportaciones en ascenso", aseguró Chris Jones, del banco canadiense TD.

Estas exportaciones gozan de una cotización del dólar que, desde la primavera boreal de 2010, ha venido en baja. En relación a las monedas con las cuales se lo compara en marzo se encontraba ligeramente por debajo de los niveles de 1995, año en que Washington decidió proclamar su objetivo de alcanzar un "dólar fuerte".

En teoría un dólar débil debería empujar a los consumidores estadounidenses a comprar "made in USA" frente a importaciones más caras. Pero en la práctica, este mecanismo funciona mal.

"El déficit se incrementó no porque el crecimiento de las exportaciones fuera más lento, sino porque el de las importaciones se aceleró. Esto implica que una parte más grande de la reactivación administrada de la economía se desarrolló en el extranjero", señaló Steven Ricchiuto, de Mizuho Securities.

Por ejemplo, los extranjeros compraron 4.700 millones de dólares de autos americanos en marzo, alcanzando muy buenas cifras para las empresas automotoras norteamericanas como General Motors, Ford y Chrysler. Pero al mismo tiempo Estados Unidos importó 5.300 millones de dólares de coches provenientes de Japón y de Alemania, a pesar del vigor del yen y del euro.

Resulta difícil visualizar cómo Estados Unidos logrará participar en el reequilibrio de la economía mundial, como se comprometió frente a sus socios del G20.

El déficit con China "siempre es demasiado pesado y no me sorprendería si el agujero de 2011 sobrepasa el récord de 2010", afirmó Joel Naroff, de Naroff Economic Advisors.

Para el Fondo Monetario Internacional, que aconseja al G20, grupo de países ricos y emergentes, en el proceso de reequilibrio, la reducción del déficit comercial está en el interés común de los Estados Unidos y del planeta.

El crecimiento estadounidense "debe resultar de la mejora del saldo neto de las exportaciones. Realmente hace falta que esto se produzca para que Estados Unidos vuelva a un crecimiento viable, no sólo para este año o el próximo, sino también los diez siguientes", señaló el economista en jefe del FMI, Olivier Blanchard, al presentar en abril pasado las previsiones mundiales de su institución.

Para el gobierno estadounidense, el desempeño de sus exportaciones muestra que el país está bien encaminado. El secretario de Comercio de Estados Unidos, Gary Locke, recordó en un comunicado que "se había comprometido en trabajar para reducir el déficit comercial" y subrayó el récord del valor de las exportaciones de bienes en marzo (123.600 millones de dólares).

"Estamos en buen camino" para alcanzar el objetivo marcado por el presidente Barack Obama de duplicar las exportaciones entre 2009 y 2014, afirmó.



El G8, dos tercios de la riqueza mundial y el 50 por ciento del comercio


El Grupo de los Ocho (G8) está formado por Estados Unidos, Alemania, Reino Unido, Francia, Japón, Italia, Canadá y Rusia Los jefes de estado y de Gobierno del G8 se reúnen anualmente para analizar el estado de la política y la economía internacionales e intentar adoptar posiciones conjuntas.

Los orígenes del G8 se remontan a 1973, cuando la economía mundial afrontaba una grave crisis desencadenada por la subida de los precios del petróleo que impulsó a varias de las principales potencias a intentar coordinar sus políticas económicas.

En marzo de 1973, a petición del entonces Secretario de Tesoro estadounidense, George Shultz, se reunieron los ministros de finanzas de Estados Unidos, Japón, Alemania, Francia y Reino Unido.

Dos años después, el grupo celebró su primera cumbre, convocada por el presidente francés, Valery Giscard D'Estaing, para resolver un contencioso monetario con EEUU y en la que participó también Italia.

En 1976 Canadá se sumó a la cumbre celebrada en San Juan (Puerto Rico) y quedó constituido el Grupo de los Siete (G7), que desde entonces ha abordado no sólo asuntos económicos sino también políticos (invasión de Afganistán, caída del muro de Berlín, fin de la Guerra Fría, tensiones en Oriente Medio...)

Las expectativas abiertas por la disolución de la URSS marcaron las reuniones de 1991 y 1992 e hicieron que el G7 se planteara la ampliación para incluir a Rusia.

En junio de 1997 Rusia asistió por vez primera a la cumbre como socio (Denver, Colorado, EEUU) y en 2002 se convirtió en miembro de pleno derecho (Kananaskis (Alberta, Canadá).

Cronologia de las principales cumbres del G8: 14-15 noviembre 1975.- Rambouillet (Francia).- Primera cumbre convocada por el presidente francés, Valéry Giscard d'Estaing.

Asisten EEUU, Japón, Francia, Alemania, Reino Unido e Italia, que acuerdan un sistema de cambios flotantes de sus monedas.

27-28 junio 1976.- San Juan (Puerto Rico).- Canada se suma al grupo.

8-9 mayo 1977.- Londres.- Compromiso para incrementar la energía nuclear como alternativa al petróleo.

22-23 junio 1980.- Venecia (Italia). La invasión soviética de Afganistán pone los asuntos políticos en primer plano.

14-16 julio 1989.- París.- El presidente soviético, Mijail Gorbachov, pide en una carta una mayor cooperación este-oeste.

15-17 junio 1991.- Londres.- Gorbachov asiste como invitado y el G-7 se pronuncia a favor de que la URSS sea "miembro asociado" de las instituciones financieras internacionales.

7-9 julio 1993.- Tokio.- Acuerdo para la mayor reducción de tarifas aduaneras de la historia.

20-22 junio 1997.- Denver (EEUU).- Bautizada como "Cumbre de los Ocho", porque Rusia asistió por primera vez como socio.

18-20 junio 1999.- Colonia (Alemania).- Condonada la deuda de los países más pobres en 70.000 millones de dólares.

20-22 julio 2001.- Génova (Italia).- Disturbios en las manifestaciones antiglobalización, en los que muere un joven, medio millar de personas resultan heridas y centenares son detenidas.

26-28 junio 2002.- Kananaskis (Canadá).- Rusia se convierte en miembro de pleno derecho. Se aprueba el Plan de Acción para Africa y un acuerdo para desmantelar dos tercios del arsenal nuclear ruso en diez años.

9-10 junio 2004.- Sea Island (EEUU).- Estados Unidos se reconcilia con sus aliados europeos tras la invasión de Irak pero Francia y Alemania se oponen al envío de tropas a ese país.

7-8 julio 2005.- Gleneagles (Escocia).- Compromiso contra el cambio climático.

7-9 julio 2008.- Toyako (Japón).- Acuerdo para reducir a la mitad la emisión de gases de efecto invernadero para 2050.

8-10 julio 2009.- L'Aquila (Italia).- Donación de 20.000 millones de dólares contra el hambre. Se valora una futura ampliación del club a catorce miembros.

25-26 jun 2010.- Muskoka (Canadá).- Condena a la "falta de transparencia" de las actividades nucleares de Irán y al ataque de Corea del Norte contra una navío de guerra surcoreano.

El 15M– Bruselas: ¿Objetivo Europa?


Democracia Real Ya – Bruselas también tuvo ayer su propio día de elecciones. Fue en frente del edificio de la Bolsa, en pleno centro de la ciudad, donde situó un improvisado colegio electoral compuesto por una mesa de madera y una urna de cartón acabada en una bolsa de basura. “Nuestros sueños no caben en tus urnas”, rezaba una pancarta que se había podido ver los últimos días y que vendría a plasmarse en este irónico escenario.

Frente a dos vocales vestidos con trajes de chaqueta y narices rojas de payaso, estudiantes, becarios, cocineros, funcionarios europeos y periodistas, entre otros, depositaron hasta ciento trece papeletas que recogían sus anhelos, sus sueños y su descontento: “Cierre de las centrales nucleares, ¡ya!”, “no a la ley Sinde”, “no a la ley de la jubilación a los sesenta y siete años“, “no más recortes en cooperación”, “que los políticos imputados no puedan presentarse a unas elecciones”, “transparencia informativa, ¡periodismo real ya!” , “no al bipartidismo” o “Que a los titulados se les haga un contrato justo, según marcan los derechos de los trabajadores”.

El acceso al mercado laboral constituye un tema esencial entre los más jóvenes, que conocen de cerca la dificultad para encontrar un trabajo en España o la precariedad de los contratos de prácticas en Bélgica, donde, la gran mayoría, no son remunerados.

Bruselas comparte los principios promulgados por Madrid, pero también apunta a una Unión Europea (UE), que no se vio exenta de críticas en esta jornada de votación: “Eliminación de paraísos fiscales como Luxemburgo y Suiza”, se apuntó en una de las papeletas (este último país, aunque no es miembro de la UE sí que mantiene determinados acuerdos como el de Libre Circulación Schengen). Tampoco faltaron votos depositados por expatriados en otros idiomas como: “Spanish, Greeks, Irish, all Europe, all together for a better future” (Españoles, griegos, irlandeses, toda Europa. Todos juntos por un futuro mejor) o “Voto per una politica libera alle mafie e daggli interessi personali. Berlusconi in prigione! (Voto por una política libre de mafia y de intereses personales. ¡Berlusconi, a la cárcel!)”.

En busca de un manifiesto

En Bélgica se encuentran todavía en fase de experimentación. Preguntas como: ¿Qué queremos y hacia donde vamos?, ¿cómo nos organizamos?, ¿cuál será el siguiente paso?, no han tenido por el momento una respuesta clara. Para ello, han pedido a cada uno de sus miembros que envíen las propuestas que deseen incluir. Sin embargo, sí que existe consenso entorno a un aspecto: la UE queda a la vuelta de la esquina y no cabe la posibilidad de desaprovecharla.

Primera Asamblea General después de la concentración del 20 de mayo. (Georgina Mombo).

Primera Asamblea General después de la concentración del 20 de mayo. (Georgina Mombo).

A este respecto, numerosas personas procedentes de las instituciones ya han ofrecido su apoyo para actuar en el plano comunitario, por ejemplo, en caso de que Democracia Real Ya – Bruselas decidiera en un futuro dirigirse a la Eurocámara para presentar una petición que, según define dicha institución, podría constituir “una queja o en una solicitud relacionada con asuntos de interés público o privado [...] relativa a la aplicación del Derecho comunitario, o un llamamiento dirigido al Parlamento Europeo para que tome posición ante un asunto concreto”.

En este sentido, Democracia Real Ya – Bruselas podría convertirse en un elemento clave del movimiento que se impulsó en la Puerta del Sol, en Madrid el 15 de mayo. Para aclarar este asunto, el pasado sábado 21 se crearon cinco comisiones de trabajo que contribuirán a su definición y cuyas decisiones deberán ser votadas en Asamblea General, compuesta por todos los miembros de la agrupación. Las comisiones creadas hasta el momento son las siguientes:

Comisión de Acción: organización de manifestaciones y performances;

Comisión de Contenido: debate y definición del contenido ideológico y manifiestos del grupo. Esta comisión irá apoyada por el equipo de propuestas encargado de recoger las proposiciones de los miembros;

Comisión de Comunicación: comunicación de las actividades del movimiento, contenidos multimedia y redes sociales, contacto con los medios y traducción de textos, especialmente, al francés e inglés;

Comisión de Organización: coordinación con el movimiento en Madrid y otros grupos locales dentro de Bélgica;

Comisión Internacional: encargada de contactar con grupos de Democracia Real Ya! en otros países.

¿Hacia una verdadera #europeanrevolution?


El aumento en la edad de la jubilación en Francia, las reformas educativas en Reino Unido, las supuestas relaciones con menores del Primer Ministro italiano, Silvio Berlusconi, las medidas de austeridad en Portugal o la crisis gubernamental que Bélgica arrastra desde hace meses, han hecho que el descontento se propague como la pólvora por todo el continente. Franceses, belgas, ingleses, italianos, portugueses y austríacos, entre otros, se identifican con el movimiento del 15M y se acercan para expresar su descontento y arrimar el hombro en lo que sea. “Aquí estamos, ¡los belgas nos sumamos a vosotros!”, se pudo escuchar durante la concentración del pasado 20 de mayo.

También se han visto pancartas y leído votos que reflejan esta voluntad de europeización: “Somos la revolución europea” o “por la Unión Europea de los ciudadanos”, así como otras tantas escritas en otros idiomas y que revelan la solidaridad y empatía de otros ciudadanos: “Vive le pringtemps espagnol. Les gens d´abord, pas le profit” (Viva la primavera española. Las personas primero, no el beneficio), “Europe look to us, this is for everybody” (Europa, míranos, esto es para todo el mundo).

No faltan las personas que ya se están poniendo en contacto con otros colectivos, como el grupo de universitarios belgas que organizó la “Revolución de las patatas fritas” en febrero, como protesta por la ausencia de un Gobierno belga desde hace más de un año.

Mattia Vallerio, un joven italiano estudiante de doctorado en la Universidad de Lovaina, es uno de los muchos que cree en la europeización del movimiento 15M: “Aunque se presenten candidatos distintos, no sabré a quien votar por que, al fin y al cabo, todos son iguales. Hay problemas concretos que difieren de un país a otro, pero la base es la misma: yo no siento que mis líderes me representen”. Céline Caudron, de origen belga, se suma a esta idea y afirma que llevaba mucho tiempo buscando un movimiento similar en Bélgica: “Hasta que di con este grupo por casualidad en Facebook”, declara.

Comparten el mismo punto de vista Daniela D’Amelio y Renata Riva, de origen italiano; Aurore Labrosse, de Francia; Marija Cvetkovic, de Serbia, y Chris Tschegger, de Austria. Todos ellos, miembros de la comisión Internacional, ya han tomado contacto con distintas movilizaciones que han tenido en sus respectivos países con idea de conocer sus reivindicaciones y, de ser posible, acercar posturas.

Un dilema se presenta en Bruselas: trabajar en una red internacional con unas bases comunes para todos los países (por ejemplo, en materia de educación, sanidad o de acceso al mercado laboral) y desligarse de las reivindicaciones españolas expuestas en Sol. O bien centrarse en lo que está ocurriendo en España y crear solo una delegación que gestione los contactos con grupos en el extranjero. Por ahora no hay respuesta concreta. Y es probable que no la halla hasta que el grupo se defina a sí mismo y a sus líneas de acción.

Si bien puede apreciarse el carácter europeizado del movimiento de Bélgica, por el momento no se puede asegurar que ya sea oficialmente internacional.



La UE prohíbe entrada a Europa del presidente de Siria

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La Unión Europea (UE) resolvió prohibir la entrada al presidente sirio, Bashar al Assad, y a otros nueve funcionarios del régimen, como medida de presión para frenar la represión en el país árabe.

La resolución fue acordada por los ministros de Exterior de los países que integran el mercado comunitario y según informaron fuentes diplomáticas, además se resolvió congelar los activos financieros de Assad y de sus colaboradores.

Está previsto que las sanciones entren en vigor en cuanto se publiquen en el Diario Oficial de la UE (DOCE), lo cual podría ocurrir en los próximos días.

Esta es la segunda ronda de sanciones contra Siria, después de la que en abril pasado congelaran los activos financieros en la UE a 13 miembros del régimen de Assad, aunque el presidente no fue incluido en ese momento en la lista. Sí figuraba en ella su hermano, Maher al Assad.

Esta mañana, a la entrada del Consejo de Exteriores de la UE en Bruselas, la ministra española del área, Trinidad Jiménez, pidió que la UE se pronunciara de forma “contundente” para forzar a Damasco a frenar la represión contra los civiles.

“Creemos que tenemos que mantener una presión fuerte con un mensaje muy contundente de condena y de firmeza, porque no podemos permitir ni las agresiones, ni las desapariciones, ni las detenciones ni por supuesto las muertes y asesinatos que se están produciendo en manifestaciones”, comentó Jiménez.
Agencias



Obama inicia gira por Europa explorando sus raíces irlandesas


Washington.
El presidente de Estados Unidos, Barack Obama, inició este lunes una gira europea que comienza por Irlanda, donde explorará sus raíces irlandesas en una ciudad en la que nació uno de sus ancestros.

Obama y su mujer, Michelle, despegaron de la Base de la Fuerza Aérea Andrews el domingo por la noche para un viaje de una semana de duración que incluirá paradas en Gran Bretaña, Francia y Polonia y que busca impulsar las relaciones con sus aliados.
Se prevé que Obama presione durante su viaje a los aliados de Estados Unidos para que ayuden a relanzar el movimiento de cambio democrático ofrecido por los levantamientos de la "primavera árabe" en Oriente medio y el norte de Africa. .

Pero el presidente comenzará con una nota nostálgica, visitando un país del que 37 millones de estadounidenses afirman tener ascendencia e irá a Moneygall, una tranquila localidad en la que nació su tatarabuelo, Falmouth Kearney, que era zapatero.

Vecinos de la localidad de 300 habitantes hicieron cola durante hasta seis horas la semana pasada para conseguir una entrada y ver al presidente, que ha sido rebautizado cariñosamente como "O'Bama" durante su estancia irlandesa. Se levantará una zona de exclusión alrededor de la ciudad el lunes y sólo la gente con entradas podrá pasar.

El padre de Obama, el primer presidente afroamericano de Estados Unidos, es keniano y su madre es irlandesa-estadounidense.

Después de Irlanda, Obama viajará el martes a Gran Bretaña, donde será agasajado por la reina Isabel II en una cena de estado formal. Después asistirá a la cumbre del G-8 en Francia, antes de concluir su gira en Polonia, donde se reunirá con líderes del este de Europa.



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(Reuters). La bolsa de Valores de Lima cerró hoy con una caída del 1,54 por ciento, en medio de las preocupaciones por los problemas de deuda soberana de Europa y por un retroceso de los precios de los metales.

La bolsa peruana cedió un 1,54 por ciento y cerró a 21.478,64 puntos, mientras que el índice selectivo , que agrupa a los papeles líderes, cayó un 1,7 por ciento, a 29.514,94 puntos.

El índice Inca, que incluye a las acciones de mayor liquidez en la plaza bursátil local, perdió un 1,51 por ciento y cerró la sesión a 110,52 puntos.

“Esta caída es por las noticias de afuera. El tema de la baja de la calificación crediticia a Italia, los problemas de deuda de Grecia han hecho que los mercados financieros caigan y los precios de los metales también”, dijo Hernando Pastor, de Kallpa Securities SAB.

Wall Street cayó ante los temores de que la crisis de deuda en la zona euro pueda afectar negativamente los negocios de la próxima semana, en tanto las acciones de minoristas perdieron terreno tras una débil perspectiva de ganancias de Gap.

El precio del cobre transado en Londres terminó con una baja de 276 dólares, o un 3 por ciento, a 8.795 dólares por tonelada, desde 9.071 dólares el viernes.

“Esta vez no ha influido el tema de las encuestas porque se mantiene la tendencia hacia arriba de Keiko Fujimori”, agregó Pastor.

ACCIONES QUE MÁS CAYERON
Las acciones de las cupríferas Southern Copper y Cerro Verde cedieron un 4,18 por ciento, a 33,9 dólares, y un 2,89 por ciento, a 40,3 dólares, respectivamente.

Los papeles de la productora de zinc y plata Volcan retrocedieron un 2,69 por ciento, a 3,26 soles, y los títulos de la polimetálica Atacocha cayeron un 1,72 por ciento, a 1,14 soles.

Por otro lado, las acciones de la constructora Graña y Montero retrocedieron un 2,34 por ciento, a 6,25 soles, y los papeles de la siderúrgica Sider perdieron un 1,3 por ciento, a 1,5 soles.

La bolsa peruana registra una caída del 8,1 por ciento en lo que va del año.

NUEVO SOL SE APRECIÓ
La moneda nacional se apreció en 0,17% y se cotizó a 2,85 nuevos soles por dólar al cierre de las operaciones financieras y bancarias.

En los medios electrónicos bancarios como cajeros automático e Internet el nuevo sol se cotizó a 2,795 por dólar, distinto a los 2,80 del viernes.



Deuda de Europa golpea al euro, no se descartan más pérdidas

Por Wanfeng Zhou y Steven C. Johnson

NUEVA YORK (Reuters) - Los temores a que se esté expandiendo la crisis de deuda en Europa enviaron el lunes al euro a mínimos en dos meses contra el dólar y a una baja histórica contra el franco suizo, y los operadores advirtieron que el declive de la moneda aún no habría tocado un piso.

Los mercados manifestaron su preocupación por el compromiso de España con las medidas de austeridad fiscal luego de que el Partido Socialista, en el Gobierno, perdió las elecciones regionales. Italia, en tanto, sufrió una rebaja en su panorama crediticio.

Eso se agregó a las preocupaciones en torno a Grecia. Incluso con un Gobierno que se ha comprometido a intensificar la privatización de compañías estatales, los inversionistas temen que aún necesitará reestructurar su deuda.

Los operadores respondieron al escenario presionando al euro hacia el nivel de respaldo de 1,40 dólares y los analistas dijeron que la ola de ventas continuará esta semana si datos económicos estadounidenses no decepcionan a los inversores.

"Tenemos una confluencia de eventos negativos que han ocurrido durante el fin de semana. Todo eso está juntándose para crear esta mezcla tóxica para el euro", indicó Mark McCormick, estratega de divisas de Brown Brothers Harriman en Nueva York.

El euro cayó hasta 1,3968 dólares, su desempeño más débil desde mediados de marzo, tras haber caído por debajo del nivel de 1,40 dólares y de su promedio móvil de 200 días.

Luego se recuperó a 1,4048 dólares, ayudado parcialmente por bancos centrales de Asia, pero mantuvo una pérdida del 0,7 por ciento en el día.

El euro cayó a 1,2323 francos suizos, su nivel más bajo desde el lanzamiento de la moneda única en 1999. Su venta se aceleró luego de que se desataran órdenes de frenar pérdidas cerca de los 1,24 francos, mientras que una barrera de opciones fue derribada en 1,2350 francos.

La moneda también cayó un 0,5 por ciento a 115,10 yenes. El dólar, en tanto, subió un 0,3 por ciento a 81,99 yenes.

La presión para liquidar euros creció luego de que los diferenciales de los bonos referenciales de España, Grecia e Italia se ampliaran contra los bonos alemanes, mientras inversionistas se deshacían de bonos de países más débiles de la alianza europea a favor de la deuda alemana.

Las débiles cifras económicas se sumaron a las preocupaciones por el euro después que los índices de gerentes de compra (PMI) de mayo de la zona euro y Alemania cayeron más de lo esperado.

El dólar fue el gran beneficiario de la debilidad del euro, lo que le permitió tocar máximos en siete semanas de 76,366 frente a una cesta de monedas principales.

El estratega de UBS Geoffrey Yu dijo que la opción del banco para un dólar más firme comenzaba a desarrollarse en el mercado monetario, un panorama que atribuyó a las preocupaciones por Grecia y a que los inversionistas se preparan para el fin del segundo programa de alivio cuantitativo de Estados Unidos a fines de junio.

Mientras que no se espera que la Reserva Federal suba pronto las tasas de interés, el final del programa de compra de bonos del Tesoro por 600.000 millones de dólares reducirá la cantidad de dinero en el sistema financiero y podría presionar los rendimientos de los bonos, lo que haría más atractivo al billete verde.

Pero los avances del dólar podrían ser de corta vida si emergen más preocupaciones por el déficit fiscal estadounidense y si se conocen nuevos datos económicos negativos, dicen los analistas.

Esta semana Estados Unidos divulgará datos clave que incluirán bienes duraderos, mercado inmobiliario y una segunda lectura sobre el crecimiento del PIB en el primer trimestre.

"Es posible que se les recuerde a las personas que la Fed seguirá a la espera y que el Banco Central Europeo probablemente subirá sus tasas de interés en julio", indicó McCormick.

(Reporte adicional de Naomi Tajitsu en Londres)




Perú: Desabastecimiento de alimentos agrava situación del Paro Regional en Puno


CARLOS FERNÁNDEZ

Tras 14 días de paralización con bloqueo de toda vía de acceso a la localidad fronteriza de Desaguadero, el desabastecimiento de alimentos y otros artículos causa seria incomodidad a sus habitantes. Similar panorama ocurre en pueblos aledaños como Zepita, Kelluyo, Huacallani, Pizacoma, entre otros.

Las ollas comunes abundan en cada lugar donde existen piquetes de huelguistas. Solo en el tramo vial Yorohoco-Desaguadero a lo largo de unos 50 km, había hasta seis grupos impidiendo el paso de vehículos en cualquier sentido.

En dos zonas, próximas al centro poblado de Yorohoco, están varados alrededor de 120 vehículos pesados de carga. Sus conductores, transportistas bolivianos, también se quejaban por el desabastecimiento de alimentos después de dos semanas de permanecer en la zona.

EN DESAGUADERO
En Desaguadero, contamos hasta ocho puntos de bloqueo, entre ellos los dos puentes internacionales, uno principal y el usado para camiones de carga. En este último viaducto permanecían varados unos 80 camiones bolivianos y 30 peruanos. En el lado boliviano se observaba una larga fila de tráileres y cisternas.

El desabastecimiento afecta a todos, tanto así que los 32 policías de la comisaría de Desaguadero y del puesto de vigilancia en el puente internacional desde hace días acuden donde las mujeres que preparan las ollas comunes para alimentarse.

“No nos rendiremos, estamos listos para enfrentarnos a la policía o el Ejército, todos los días miramos el cielo por si la policía llega en helicópteros y todos los días nos preparamos”, afirma Dionisio Huara Huara, teniente gobernador de la comunidad Circaqenturani. Al mismo tiempo muestra cómo las señoras practican con sus hondas afinando la puntería.

“Parece que el gobierno quiere sangre y muertes, por eso no soluciona nuestra demanda, entonces eso le daremos, estamos dispuestos a morir y no dejaremos el bloqueo, resistiremos hasta que el gobierno nos muestre los decretos supremos que cancelan la concesión al proyecto Santa Ana y demás concesiones en la zona sur, así como derogue el Decreto Supremo 083”, refiere el teniente gobernador de Kelluyo, Benjamín Quispe Ccori, alentado en sus palabras por cientos de comuneros.

Un día antes de que llegara El Comercio aquí, varios tenientes gobernadores señalaron que habían llegado desde Bolivia una delegación de ‘mallkus de los ponchos rojos’, la facción radical de campesinos que apoyó al actual mandatario de ese país, Evo Morales, durante sus luchas.

Según los lugareños, el grupo de ‘mallkus’ llevó algunos alimentos a sus paisanos transportistas que permanecen varados en la zona y junto a ellos llegaron periodistas de Bolivia.

SEPA MÁS

Cientos de pobladores de diversas zonas se aprestaban ayer a viajar hacia Puno, para radicalizar su protesta que se daría con la toma de instituciones públicas y bloqueo de vías de ingreso y salida a la ciudad de Puno.

“Ya no tenemos dónde alimentarnos”, señalaron ayer los policías de la comisaría de Desaguadero.



Carlos Iván Degregori: un sentido adios a un intelectual revolucionario peruano


Dejó pedidos ‘Ojos azules’, ‘Pirwalla pirwa’ y ‘Adiós pueblo de Ayacucho’. Una multitud, que albergaba familiares, colegas, amigos y alumnos, asistió al sepelio en La Recoleta.

Pedro Escribano.

Carlos Iván Degregori, el antropólogo, el amigo, el ciudadano, el aliado de los alejados (como dijo el padre Gutiérrez durante la homilía), se marchó como él había pedido, con cantos andinos. Sí, mientras su féretro reposaba frente al altar, Máximo Damián, Manuelcha Prado y Chano Diaz Límaco le cantaban “Ojos azules” y “Pirwalla Pirwa”. Más tarde, después de la misa, cuando el féretro avanzaba entre la apretada multitud que había ingresado a la iglesia La Recoleta, en la Plaza Francia, se entonaba en coro y a vivo pulmón “Adiós pueblo de Ayacucho”.

Así, con música y también con honda pena, los familiares, sus colegas, sus ex alumnos y los amigos y los amigos de sus amigos despidieron a este hombre que lo dio todo como profesional y como persona.

A los 8:30 am empezó el ritual mortuorio, en realidad el ritual de vida, porque, como dijo otra vez el padre Gutiérrez, “la mala noticia de su muerte no nos debe borrar la buena noticia de su vida”.

La iglesia era un mar de gente. Casi no había un lugar en el cual poner un pie.

Este velorio –dice Martín Tanaka– habla mucho, la cantidad de gente que se ha sentido tocada por él. El país ha perdido una mente lúcida y, al mismo tiempo, un hombre comprometido. El logro algo difícil: ser un intelectual agudo, serio, pero, al mismo tiempo, un activista comprometido”.

Entre los testimonios que se dejaron escuchar llamó la atención el de su hermano Felipe. Uno, porque todo el ceremonial que se estaba viendo, incluyendo las canciones, era pedido literal del Carlos Iván, y dos: explicaba que de ninguna manera quiso que lo velen en San Marcos porque allí había sido maltratado por algunas autoridades universitarias. Habrá que saber quiénes.

“Es un hombre muy completo. Habría que decir que hemos perdido a un grande entre los peruanos”, nos comentó el padre Gutiérrez.

“Es un hombre –agregó– que muere en plena madurez humana e intelectual. Era un intelectual comprometido, activista, pero aun así nunca perdió calidad académica ni humana”.

En la Plaza Francia, al pie de la estatua de la Libertad, los Yuyachkani le cantaron sus canciones. Delfina Paredes le recitó un poema, y su amigo, el retablista Edilberto Jiménez, le recordó el último viaje que hicieron a Oreja de Perro.

“Antropólogo de primera línea –dijo Rodrigo Montoya–, un defensor de los derechos humanos, defensor de los pueblos indígenas, un hombre abierto, dulce y cálido. La única palabra que se viene es decirle gracias, Carlos Iván”.

Su cuerpo fue trasladado para cremarlo en el cementerio Británico del Callao. No nos hemos quedado solos, nos hemos quedado con la buena noticia de su vida.

(Tomado de la República.com)