FONTE: G1 Pará
Índios reivindicam consulta prévia dos impactos da Usina de Belo Monte.
Grupo diz que só desocupa terras após negociação com o Governo Federal.
Grupo diz que só desocupa terras após negociação com o Governo Federal.
Cerca
de 150 indígenas de várias etnias voltaram a ocupar,
na madrugada desta segunda-feira (27), o principal canteiro de obras da
Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, na região sudoeste
do Pará. Eles ocuparam o sítio Belo Monte no último dia 2 de maio e
permaneceram no local durante 8 dias. O grupo reivindica a consulta
prévia dos impactos ambientais que serão provocados pela construção do
empreendimento.
Os indígenas afirmaram que, desta vez, nenhuma
liminar ou decisão da Justiça irá retirá-los do sítio Belo Monte. Os
manifestantes dizem que irão resistir e que, na última ocupação,
decidiram sair pacificamente porque o Governo Federal garantiu que
haveria uma negociação, que segundo eles, não aconteceu.
O
grupo exige uma mesa de negociação direta com o Governo Federal, por
meio de Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República. Os indígenas reclamaram da ausência do
representante federal, com quem reivindicavam
a negociação na ocupação do início do mês de maio.
De acordo
com informações da coordenação do Movimento Xingu Vivo, o grupo é
formado por indígenas da região de Volta Grande, local onde ficam as
aldeias às margens do rio Xingu. A área possui mais de 100 quilômetros
de rio, que secariam caso a obra venha a ser concluída.
Por
meio de sua assessoria de imprensa, a Norte Energia, responsável pelo
empreendimento, ainda vai apurar os fatos para se pronunciar sobre a
ocupação.
Cerca de 150 indígenas de diversas etnias invadiram na manhã do dia 2 de maio o sítio Belo Monte, em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Eles voltaram a ocupar o canteiro de obras para reivindicar a presença do Governo Federal nas negociações. Os índios criticam a presença de tropas federais na região, que estariam dando suporte de segurança para estudos de impacto ambiental voltando para projetos de desenvolvimento sem que as tribos fossem consultadas.
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