Com apresentações musicais e discursos, militantes de diversos movimentos sociais se reuniram hoje (9) na Praça Ramos de Azevedo, no centro da capital paulista, para um ato de protesto contra o racismo.
“Nós escolhemos esse local, porque aqui em 1978, em resposta há uma série de ataques racistas, nasceu o movimento negro moderno”, disse o coordenador do Movimento Novo Quilombo Raça e Classe, Wilson Honório da Silva. A manifestação foi organizada pelo Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra, que reúne 27 organizações.
Entre as entidades que integram o comitê estão movimentos que lutam pelos direitos dos negros e contra a homofobia. As organizações aproveitaram o ato para divulgar o evento previsto para sábado (11) à tarde, que pretendo reunir centenas de pessoas, na região de Santa Cecília, centro da capital, que sairão em marcha até o bairro de Higienópolis.
Segundo Honório da Silva, os protestos são motivados pela repercussão de pelo menos três casos de racismo nos últimos meses. “Esse ato nasceu de uma necessidade, porque desde o início de dezembro nós temos enfrentado uma onda racista na cidade”, disse ao se referir ao caso da estagiária que foi intimada a alisar o cabelo, a expulsão de uma criança negra de um restaurante e do estudante da Universidade de São Paulo (USP) que foi agredido por um policial militar.
De acordo com Silva, as manifestações buscam conscientizar a população sobre o problema e cobrar uma postura mais firme das autoridades. “Nós vemos que todas as leis que são votadas não saem do papel”, declarou.
O militante do Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra , José Henrique Viegas Lemos, ressaltou que o racismo está presente no cotidiano da população negra, especialmente nas ações policiais. “Todo dia você vê a polícia agredindo, confundindo, taxando de ladrão aqueles que são da cor escura”, disse.
Da Agência Brasil
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