domingo, 4 de agosto de 2013

Brasil: Lucha Munduruku contra Represa Tapajós


Dion Monteiro
Estimados(as) companheiros(as),
 
Ontem, sexta-feira, realizamos uma reuniao no CIMI, quando atualizamos a conjuntura socio-ambiental da região, em especial em relação as regiões do Xingu e Tapajos.
A sintese da avaliação é que estamos passando por um momento complexo, e que precisamos ter bastante clareza sobre esta situação, compreender os projetos e as estratégias que estao postas pelos atores que atuam neste "grande tabuleiro de xadrez".
 
Tiramos como encaminhamento realizar uma nova reunião, quando, além de avançar nas reflexoes, deliberaremos sobre o planejamento de nosso forum para os proximos meses.
A reuniao está proposta para: Quinta-feira (dia 08), as 17:30h na Unipop (Senador Lemos próximo a Pça. Brasil).
 
É importante que o maior numero de organizações participem desta reuniao, contribuindo com um debate amplo e bem direcionado.
Aguardamos considerações e confirmações de participação.
Forte abraço.
Fraternalmente,
 
Dion

CAPANGAS DO GOVERNO TENTAM TIRAR CÂMERA VIOLENTAMENTE DE ATIVISTAS EM JACAREACANGA, AGORA! COMPARTILHE! SEJA A MÍDIA!
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Hoje, no dia 03 de Agosto de 2013, ocorre em Jacareacanga uma reunião articulada para discutir pautas ligadas ao Movimento de Resistência Munduruku, para avaliar e planejar as ações passadas e futuras, pautas essas que passaram por um processo de manipulação pelo prefeito apoiado pelos Vereadores da cidade. A reunião conta com a presença da Polícia Federal, Polícia Militar e da Força Tática que monitoram o local e impedem a participação de Lideranças e outros apoiadores na reunião, inclusive uma cinegrafista que foi ameaçada pelo Choque de ter seus equipamentos apreendidos pela suspeita de envolvimento com a ação ocorrida na câmara.

Na resistência contra a construção de Hidrelétricas no Rio Tapajós, os índios da etnia vem travando uma batalha que vai para além do seu território. Ao voltar à Jacareacanga após mais de 2 meses de jornada, os Munduruku se depararam com a atuação de pesquisadores na área, sem o seu conhecimento. A surpresa resultou no sequestro de 3 pesquisadores contratados pela empresa CONCREMAT para realização da 4ª etapa de estudos no Tapajós.

Durante a ação, a tentativa de desarticulação por via do Prefeito e dos Vereadores foi constante, até a chamada para uma reunião fechada entre vereadores e lideranças, levando os Munduruku a promover uma ação direta e afirmativa contra o posicionamento dos Vereadores a favor da Lógica Barrageira.

Os Vereadores afirmam que a Resistência Munduruku deve estar dentro da legalidade e condenam as ações do movimento como vandalismo, quando na verdade, vandalismo são atos como o assassinato de Adenilson Munduruku, na aldeia Teles Pires, a presença da Força Nacional em aldeias, de garimpeiros ilegais em terras indígenas apoiados pela FUNAI e todo o processo de instalação de barragens sem a consulta de povos tradicionais.

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